Estendida entre a rocha e o mar,
ouvindo o som do coração da terra,
eu estendo minha mão para acalmar,
a rocha e o mar, que estão em guerra.
Meu corpo e a pedra, tudo se mistura,
eu sou areia, espuma, vento, água fria,
eu sou um mar de sentimento, a dor e a cura,
o desejo que incendia, e a pele que arrepia.
Eu escondo muito mais do que eu revelo,
a luz do sol, às vezes me dá medo,
é o mistério que torna mais belo,
tudo aquilo que eu guardo em segredo.
Dentro de mim, há um mar que se avoluma,
um grande amor que transborda pela fresta,
como uma onda que derrama a sua espuma,
sobre a areia da esperança que me resta.
Estendida entre a terra e o céu,
eu vejo algo que ninguém mais vê,
como se fosse o mais belo troféu,
entre as estrelas, eu vejo você.
PS:





