Uma outra história

É uma outra história, que eu ouço e eu repito,

nas noites de insônia, sentada na calçada,

é outra solução, mais um novo conflito,

é a linda melodia que eu ouço fascinada...

É um novo horizonte, mais um novo motivo

para eu abrir meus olhos, morder outra maçã

é mais uma emoção, um sentimento vivo,

é a febre e o arrepio, na cama, de manhã.

Assim é o meu amor que sempre se renova,

no escuro e no silêncio, na luz da madrugada,

é mais do que um indício,  é quase uma prova,

deste meu  sonho lindo que eu sonho acordada...

PS: 

Asas do meu pensamento!

Eu tenho sentimentos recorrentes!

São sensações que se repetem, e elas não mudam com o passar do tempo.

Desde que eu me conheço por gente,

eu sou abstraída, eu sou  sequestrada pela magia de uma noite de luar,

desde sempre, eu sou machucada por uma indescritível sensação de perda,

quando sopra o vento azul de agosto, desde sempre eu me sinto fascinada 

pela floração de uma árvores, pela formação de um fruto.

Eu me sinto encantada pelos mais triviais e invisíveis milagres de vida.

Nada, entretanto, se compara, com a sensação de perplexa angústia que eu sinto,

quando eu me sento nas pedras costeiras e, olhando para o mar,

eu vejo passar um cardume de golfinhos...

O meu coração dispara e eu grito, no fundo da minha mente:

esperem por mim, levem-me até onde ele está!

É sempre assim!
 Algo em mim grita que eu devo seguir os golfinhos, pelo mar imenso...

Ao longo de tantas transformações da matéria e de tantas reciclagens da energia,

eu me pergunto se nós, já fomos golfinhos um dia! ...risos....

Um dia eu irei explorar,

nadando com os golfinhos,

as profundezas do mar,

e outros mundos vizinhos...

Um dia eu irei voar,

dar asas ao meu coração,

voando até te encontrar,

em teu ninho de falcão...

Um dia, quem sabe um dia,

nós poderemos voar,

nos céus desta fantasia,

nesta aventura sem par,
em meu mundo de magia.

Eu estou rindo, porque quando eu sou boa, eu sou ótima!
Mas quando eu sou má, eu sou melhor ainda!

...muitos risos....
I

Noite de lua cheia!

 Noite de lua cheia,

na praia silenciosa,

eu canto como a sereia,

e sinto perfume da rosa.

Noites de lua cheia,

perfume no ar, vento frio,

o sangue fervendo na veia,

o amor provocando o arrepio.

São tantas as sensações,

que eu sinto à luz do luar,

tsunamis, furacões,

nosso encontro à beira mar.

Nossos pés pisando a areia,

na imensa praia vazia,

eu sinto, creia ou não creia,

que o teu  amor me vicia.

O meu coração enlouquece,

a minha pele arrepia,

o teu corpo me aquece,

e o teu olhar me guia.

Nas noites enluaradas,

povoadas de dragões,

e as luzes da madrugada,

fundem nossos corações.

PS:  Eu sei que você vai rir, mas a ilustração não condiz com texto.

 É que eu pensei em escrever algo muito engraçado, que falasse

do meus pontos de vista e do meu descompromisso com a Lei da gravidade.

Anjos na janela!

Nesta noite perfumada e tropical,

com meia lua e um céu cheio de estrelas,

eu estendo as esperanças  no varal,

mas você não é capaz de percebê-las.

Sem pudor, a minha alma anda nua,

 meus pensamentos atravessam o jardim,

 e a minha alma, pela noite, busca a tua,

porque eu luto por você, até o fim...

Enquanto eu penso em você, olhando a lua,

todo o esplendor desta  noite se revela,

e como um anjo, eu espio na janela,

e o teu sorriso atravessa a minha rua...

PS: Noite linda! Um batalhão de estrelas, em formação, estão escoltando uma lua pela metade,

enquanto eu estou completamente apaixonada por você.

Boa noite, meu amor!

São coisas do coração!

São coisas do coração!

Em noite fria de inverno,

ao lado da solidão.

crepita o fogo do inferno.

O vento frio assovia,
nas grades da minha janela,
enquanto a pele arrepia,
e o desejo se rebela.

São as lendas da paixão,
as histórias da saudade,
escritas na imensidão,
tornando mais fria  a cidade.

É algo que não se explica,
a presença que não se vê,
desejo que se multiplica,
quando eu danço com você.

É algo que me fragmenta,

deitada na cama vazia,

metade de mim é tormenta,

e a outra metade é poesia.

Sempre presente

"Eu não sei onde ele está",

 é o mantra que eu repito,

pode estar em Calcutá,

até mesmo no Egito...

Pode estar em uma esquina,

sentado na mesa de um bar,

pode estar até na China,

ou num raio de luar...

Pode estar em Zanzibar,

até mesmo na Romênia,

nas ruas de todo lugar,

nas planícies lá do Quênia.

Eu não sei onde ele está,

esse meu tão louco amor,

não sei se ele um dia virá,

se ele ouvirá o meu clamor.

Eu não sei porque o sigo

e se ele sente o meu desejo,

mas eu sei que ele está comigo,

mesmo quando eu não o vejo.

PS: