O silêncio fala, às vezes!

 Há um perfume de rosa

nesta noite de luar,

e a lua, silenciosa,

parece me escutar...

No silêncio tão profundo,

tão negro como o carvão,

parece que até o mundo

parou de emitir qualquer som.

O silêncio anda sozinho,

mas é um parceiro da lua,

flutua enquanto caminha,

sobre a tristeza da rua.

O silêncio fala, às vezes,

o silêncio às vezes grita,

com argumentos cortezes,

com eloquência infinita...

Enquanto triste eu caminho 

no silêncio absoluto,

teu amor vem, de mansinho,

você sussurra, eu escuto...

PS: Noite de lua cheia, silênciosa e perfumada. Um cenário sedutor para um platônico amor, um cenário perfeito para um vulcânico amor. O silêncio é uma ponte que você atravessa. É no silêncio que eu te escuto.

Ciclos!

  

Eu vou mudando ao longo da jornada.

Como tudo aquilo que é natural, eu passo por ciclos.

Nos verões, eu me deito em poentes incendiados,

sobre areias macias e brancas,

 sob o escaldante calor do sol.

Em meus outonos, 

eu me dispo das idéias secas e das emoções que perderam a cor,

e eu chego ao inverno, assim, nua,

 para eu acumular, num ambiente frio e de pouca luz,

todo o esplendor de uma nova primavera.

Eu aprendo, com os ciclos, que só permanece vivo aquilo que se renova.

Somente conclui uma longa jornada aquele que aceita mudar de rumo,

porque as estradas da vida não são retas...

PS: 

Com a proximidade da primavera,  eu estou mais florida, mais doce e mais feliz.