sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Silenciosas ruas da minha fantasia!




Como um anjo,  ajoelhado e penitente,
com a fé inabalável de um templário,
 o meu olhar se eleva, de repente,'
buscando o céu em um gesto involuntário.

Eu estou a deriva na imensa calmaria,
olhando o horizonte, chamando pelo  vento,
ouvindo  as palavras que você me dizia,
nas silenciosas ruas do meu encantamento.

Não há nenhum caminho na noite sem estrelas,
não  há mais esperança na negra quietude,
não há felicidade que eu sonhe, ou possa tê-la,
enquanto o tempo passa, fugindo, e me ilude...

Como uma águia triste pousada na muralha,
como um lobo faminto  em plena noite fria,
eu espero você, voltando da batalha,
nas silenciosas  ruas da minha fantasia.