Ave Maria!
Senhora da tarde de olhar sismarento!
Uma porta se fecha pela mão do vento.
Atrás dela, fecham-se as porteiras e todas as janelas...
Ave Maria! Senhora da tarde tristonha que chora!
A chuva já cai, violenta agora.
Faisca o céu, estremece o trovão,
Quebra-se a árvore que vai para o chão...
Ave Maria! Senhora da noite que bate na porta...
Encolhida de medo estou quase morta.
A chuva parou! Num silêncio profundo,
Uma lua encantada abre as portas do mundo...
(escrito à luz de vela, numa tempestade em Louveira, na minha adolescência)
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