Eu escrevo desde pequenina. A palavra sempre foi o meu escudo e a minha arma, a minha trincheira e o meu abrigo. Escrevo como quem respira, sem preocupação ou compromisso com a estética ou a gramática. São rastros da minha passagem pelo mundo,vestígios da minha alma. Mente e coração livres, leves e soltos no ar. Mulher com asas para superar limites, com garras para defender suas idéias, seu lugar no mundo.
quinta-feira, 8 de julho de 2010
Minha mãos fabricam sonhos
Minhas mãos fabricam sonhos, quando tocam no teclado tecendo palavras, quando empunham o pincel imitando a arte, quando se agarram à vara de pesca buscando o peixe, quando acariam cultivando o amor. Minhas mãos, um pouco gastas pelo uso e pelo tempo, atuam na construção dos meus sonhos, dos meus desejos, das minhas conquistas. Minhas mãos conduziram meus filhos, plantaram árvores, orquídeas e temperos. Minhas mãos aplaudiram nos momentos de felicidade, contorceram-se nos momentos de dor, desfiaram as contas do rosário num pedido de socorro. Minhas mãos fizeram bolos de aniversário, clicaram fotos, abençoaram, amaldiçoaram. Essas mãos que me conectam, me fazem capaz, me apoiam e impulsionam, ficam abertas, espalmadas, defensivas, num gesto inútil de repúdio à violência.
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