quarta-feira, 6 de outubro de 2010

SUA AUSÊNCIA

Quem me dera sua ausência não o fosse,
Porque nada é, diante dela.
Vai-se a esperança que você me trouxe,
Morre a paisagem além da janela...

Nada há para dizer se você não está,
Nem para onde ir - meu lugar é você,
Tudo o que busco dissolveu-se já.
Nada há para lembrar ou esquecer...

Sua ausência é o vazio, a nulidade,
Que sepulta as manhãs na anti-vida,
Com  requintado sadismo e crueldade.

Sob as ruínas de sonhos, escondida,
Sua ausência é a neurose da cidade,
É a batalha decisiva - perdida!!!




(Tela de Garmash - Quiet moment)

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