sexta-feira, 4 de maio de 2012

Sociedade de consumo


De repente a noite apodreceu e milhões de vermes luminosos e famintos fartaram-se de escuridão.
De repente os risos cessaram e os homens foram amordaçados pela solidão...
De repente os gritos foram truncados, o nada fez-se tudo e não sobrou sequer um bolso onde guardar a mão.
De repente, a música das coisas cessou, as folhas caíram, deixando a terra nua: a sociedade de consumo tinha devorado o seu último artigo - o sentido da vida...

(Escrevi esse texto com 22 anos...Acho muito amargo. Sou mais doce hoje.)

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