quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Dispersão poética


Fruto com casca!
Filha da mãe natureza,
eu compartilho a beleza dos ciclos,
a renovação da vida,
e as geniais estratégias de dispersão das sementes.
São tantos os ardis,
são tão belas as batalhas pela perpetuação das espécies,
que eu não posso ficar alheia ao delicado e,
 ao mesmo tempo vigoroso, espetáculo da luta pela vida.
 Registro, com os olhos amorosos da minha câmera,
 a linda fase de reprodução da Paineira (Ceiba speciosa)
Fruto sem casca
O fruto maduro, duro e negro, rompe a casca e mostra, orgulhoso,
o delicado  bloco de flocos brancos que o vento leva, leve, livre e solto.
Dentro de cada floco, viaja uma árvore aprisionada na pequena semente.
Quando o vento pára,
 o floquinho cai e protege a semente; 
e  retém  a umidade que irá  decodificar,
 finalmente, os segredos de uma nova árvore.

A semente aninhada no floco de algodão

Dentro de cada floco de algodão,
flutuando lindo e leve, solto ao vento,
viaja a vida em um negro coração,
recriada, neste mágico elemento.

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