Eu escrevo desde menininha.
A palavra sempre foi o meu refúgio e a minha arma.
Mas eu só posso descrever o que eu sinto em minha pele,
porque
o que eu sinto em minha alma eu não
posso descrever com palavras.
Quando eu estou feliz, eu não preciso dizer nada,
porque tudo em mim ri.
Quando eu estou
com saudade eu fico assim, imersa num intraduzível e morno
sentimento,
que deveria ser apenas uma palavra da língua portuguesa,
mas que
dói com uma dor que se expressa em todos os idiomas.
Quando eu fico triste,
nenhuma palavra pode expressar a minha tristeza.
A minha alma sobe na
mais alta árvore da floresta, para fugir da dor,
como eu fazia quando era menina.
Mas quando eu escrevo,
eu não quero escrever palavras que sejam lidas, apenas.
eu não quero escrever palavras que sejam lidas, apenas.
Eu quero que as minhas palavras, cortem, rasguem, causem arrepios na pele,
Eu quero que a fúria das minhas palavras
invadam o corpo e a alma, com o
calor intenso do verão tropical.
Eu quero que as palavras que eu digo despertem
emoção e acordem os sentidos.
Eu desejo que a brisa do meu hálito sopre em tua
boca,
eu quero que os infinitos dedos dos meus pensamentos deslizem pela
tua mente
e provoque eventos extremos.
Eu não quero ser apenas um texto.
Eu
quero ser uma mulher.
Uma mulher amada.

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