Eu caminho, sozinha, pelo cais vazio.
Nenhum barco me espera, na solidão do porto,
porque o último barco já partiu,
com as luzes deste dia quase morto.
Eu olho, com tristeza, a linha do horizonte,
tão vermelho e incendiado, e no poente,
o teu olhar ergue entre nós, uma ponte,
e você volta para mim, tão de repente...
E nas palavras que você não diz,
o silêncio cria um mundo encantado,
e o silêncio do amor me faz feliz,
porque você fala de amor, mesmo calado.

Nenhum comentário:
Postar um comentário