Indiferente, a chuva veio e foi embora,
e, sem água, o meu rio foi sepultado.
Quando um rio morre, a tristeza aflora,
num choro seco, como o chão desidratado.
Eu choro pelo rio, que parecia eterno,
e corria, caudaloso, rumo ao mar.
O verão veio, com um calor do inferno,
e toda água evaporou, sumiu no ar...
Sem você, eu também morro, como o rio,
sem você, não há vida e nada cresce
o tempo para e tudo fica tão vazio,
sem você, até o rio desaparece....
Mas com você, a chuva volta, arrependida,
e o teu sorriso é como a água, em minha face,
você é a chuva que alimenta a minha vida,
você é, também, um novo rio que nasce....

Nenhum comentário:
Postar um comentário