sábado, 22 de fevereiro de 2014

Depois da tempestade....

De repente, a linda tarde escureceu,
e a janela tremeu, com o trovão,
o céu ficou escuro, como o breu
e a chuva veio e alagou o meu coração.

De repente, a fresca água,  tão escassa,
caiu do céu, inundando  o meu jardim,
e os seus pingos, como dedos na vidraça,
escrevem  cartas que você manda para mim.

É uma volúpia, uma festa dos sentidos,
são tantos dedos em carícias deliciosas,
a chuva faz serenata em meus ouvidos,
e você faz florescer sonhos e rosas.

É, entretanto, quando a chuva cessa
quando você inunda o meu pensamento,
que eu me entrego a você, sem pressa,
e o teu amor faz soprar o vento....

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