Os lençóis do infinito!

Se ninguém pode fugir ao seu destino,

e se o roteiro já foi previamente escrito,

eu reescrevo a nossa  história e eu defino,

que o amor é bem maior do que o conflito...

Se tudo aquilo que eu desejo é impossível,

e se a razão e a distância nos separa,

eu me transporto neste sonho indescritível,

e eu reescrevo a nossa história, linda e  rara...

E se a vida cruzou nossos caminhos,

neste  romance. que já estava  escrito,

nós dois estamos, sempre assim, sozinhos,

rolando juntos, nos lençóis do infinito ...

PS: É infalível! Não importa o meu estado de espírito! Eu sempre dou muita risada quando eu dou nome aos meus textos. Eu acho muito divertido, porque eu nunca sei como dar nome, àquilo que não tem nome. Como você pode dar um nome a tantas e tão  contraditórias e inexplicáveis sensações, emoções e sentimentos??? ...risos...

Um quase anjo!

É quase um vulcão, rasgando o peito,

é uma onda de paixão,  que me agonia,

é um sonho de amor, quase perfeito,

é  o som da  voz que me acorda, todo dia...

É quase uma história sem sentido,

de uma princesa e um príncipe encantado,

é quase a marca do teu corpo, em meu vestido,

é a caminhada pela vida,  lado a lado...

É a perfeita tradução do meu segredo,

atravessando  as fronteiras da razão,

é despertar todo o dia, bem mais cedo,

pelo prazer de  eu tocar em tua mão...

São todos os sorrisos, que eu esbanjo,

quando eu vejo o teu rosto iluminado,

e por você eu me torno um  quase anjo,

porque o amor é a remissão do meu pecado...

Será para sempre amor!

Se  é um fim, será o fim de um história que não começou pelo começo, porque  já era amor, antes de ser.

Não pode acabar com um fim,

uma história que não começou pelo começo.

Se já era amor antes de ser,  será amor depois de ser!

Será para sempre amor!

Mais um sonho!

Eu falo desta vida e da magia,
 das maravilhas que se sente e não se vê,

eu componho a minha  doce melodia,
e eu canto o meu amor para você.

Eu construo uma imponderável ponte
com as minhas mais profundas emoções,
e eu me deito sobre a linha do horizonte,
protegida  por  você e os meus dragões...

Eu desperto o teu corpo, com meus beijos,
e com abraços que despertam a libido,
você desperta o dragão dos meus desejos,
me faz sonhar mais um sonho proibido...

O sol de todo dia!

Eu procuro, no horizonte, uma saída,

uma esperança, ou ainda um sonho bom;

eu procuro   um sentido para a  vida,

novos caminhos, novas notícias do front...

Curiosa, eu espio sobre o muro

de um mundo, sedutor  e tão distante,

 e enquanto eu vejo o teu sorriso, no escuro,

eu me apaixono por teu rosto radiante....

Você é sempre  o meu sonho preferido

você é  a notícia que me faz ter alegria,

e com você a minha vida faz sentido,
e por você, o meu sol nasce, todo dia...

Sonhos obscuros!

Hoje a tristeza apertou o laço,

sufocando um grito preso na garganta,

 e enquanto eu  penso em você, eu me desfaço

e a saudade em meu peito se agiganta...

Eu espero por você, enquanto eu vivo

os meus ciclos de tristezas e alegrias,

enquanto eu tento entender os teus motivos,
eu vou contando os minutos dos meus dias...

Pedra por pedra, eu vou quebrando os muros,
e passo a passo, eu conquisto os teus espaços,
e enquanto eu sonho os meus sonhos obscuros,
eu me queimo no calor dos teus abraços...

E na magia deste amor que se derrama,
a minha alegria de viver transborda,
quando eu me deito com você, em minha cama,
o dia nasce e a paixão acorda....

Encontro

Pode ser vento que revira tudo,

ou ser a onda que desloca a rocha,

aquele  som que me deixa mudo,

ou a centelha que acende a tocha.

Pode ser  doce como uma carícia,
  selvagem e forte, como  um leão,
talvez seja uma  história fictícia,
com um intenso ingrediente de paixão.

Pode ser leve, breve e passageiro,
ou permanente como a cicatriz,
Pode ser  livre como um veleiro,
ou transbordar como um chafariz...

Pode ser fogo que consome a vela,
ou ser a neve que enregela tudo,
ser uma fonte de  luz, que me  revela,
ou pode ser a proteção do escudo...

O nosso encontro é um poder que  pára  o mundo,
e tudo pode acontecer, enfim
porque  eu sei que meu amor profundo,
irá trazer  o teu amor para mim...

Decisões de madrugada.

Um dia eu largo tudo!

Eu pego a minha mala vazia,

eu encho com a minha alegria,

eu abro a porta e eu me mudo.

Um dia eu viro a mesa!

Eu descarto o que me faz mal

e aquilo  o que não for real,

eu jogo fora com a tristeza.

Eu dia eu vou embora,

e com o meu coração vazio,

eu solto o meu barco no rio,

e eu vou pelo mundo a fora...

PS: Este meu momento, é daqueles em que eu peço para o mundo parar,
porque eu quero descer. ...risos...

Eu, você e o mar!

Entre o céu e o mar, eu me protejo

da solidão, da tristeza e da saudade,

e como o mar que beija a pedra, eu te beijo,

e como o mar, o teu desejo me invade...

Enquanto eu perco o meu olhar no infinito,

neste universo que existe em teu olhar,

até o céu  me parece mais bonito,

e  eu te preencho de ternura, como o mar.

E como o mar, que se rebela, enfurecido,

quando o vento sopra forte a sua superfície,

o meu amor também sopra em teu ouvido,

toda palavra de amor que eu não te disse...

Terapia em gotas. ...risos...

É uma dor escondida na memória,

é  um distante  lugar que não se alcança,

são lembranças que contam a minha história,

e os tormentos dos meus tempos de criança...

É uma viva cicatriz em minha pele,

são torturas cruéis, que não se esquece,

e ainda que o meu rosto não revele,
a lembrança deste tempo permanece.

É o chicote da mãe rasgando a  pele
é a mão do meu  pai ferindo o  rosto,
é o vermelho do sangue que compele,
a gritar a minha dor e o meu desgosto.

São gritos explodindo em meus ouvidos,
são momento de medo e desespero,
sou sempre eu, engolindo os meus gemidos,
é a violência, elevada ao exagero...

Depois de tudo, eu me sinto tão feliz,
vitoriosa, eu até ouso dizer,
porque eu colei sobre a feia cicatriz,
a minha imortal alegria de viver....


PS: Há coisas que o tempo não apaga, completamente. Fica latente, no fundo da memória.
Eu tenho lembranças felizes da minha infância e da minha adolescência. Eu sempre fui uma praga,
uma indomável menina que montava cavalo em pelo, desde muito pequena, que subia em árvores, como um macaco. Difícil de controlar! Difícil de pegar! Difícil!
Talvez por isso, desde quase bebê, a minha mãe me espancava muito, amarrava as minhas mãos nas costas e depois me prendia, como um cachorro, em algum móvel. Eu fui crescendo e os castigos também. Por todos o motivos, por nenhum motivo, a minha mãe me batia até a pele sangrar. Depois ele passava vinagre, para arder, e em seguida me colocava de joelhos sobre o milho, com o rosto voltado para a parede e  com os braços levantados. Talvez ela chamasse isso de educação. Talvez ela quisesse me corrigir de ser quem eu era: uma criança travessa.
 Quando eu fiquei adolescente, o meu pai assumiu
a função de torturador. Ele bebia, e quando ele bebia ele me espancava até eu desmaiar.
Mas essa feia história, tem um final feliz.
O que é lindo nessa minha história, é que nada foi capaz de matar a travessa menina que mora em mim, nem foi capaz de matar a minha imensa alegria de viver.
Nada foi suficiente para domar o meu indomável espírito.
Se ficaram cicatrizes em minha pele, a minha alma está inteira, íntegra, intocada.