Eu sou dessas mulheres que não pedem licença,
ou que se curvam em reverência.
Eu simplesmente entro, gentilmente, delicadamente, mas eu entro,
assim, como um raio de luz entrando por uma fresta
e eu sorrio. Eu sempre sorrio, porque o meu sorriso
e a mais perfeita expressão do meu sol interior,
dos rios que correm em minhas veias
e dos universos paralelos que giram em minha mente.
Eu não sou dessas mulheres que não se calam.
Eu falo das coisas que eu vejo, com os olhos da minha mente
e com os olhos da minha alma.
Às vezes, eu falo das coisas que eu vejo com os olhos da razão e,
sinceramente, essas sãos as coisas mais sem graça,
porque aquilo que é razoável nunca é novo ou desafiador.
Tudo aquilo que é razoável nunca surpreende.
A razão é cega.
Ah! A minha mente é um incrível caleidoscópio, tem o desafio das altas montanhas,
e os mistérios das florestas nunca antes desbravadas.
As minhas emoções e as minhas sensações
são mares em fúria, que explodem contra o limite das rochas.
Eu sou uma mulher que não se divide, e, entretanto, eu sou tantas.
Todas as mulheres que eu sou dançam e cantam,
todas as mulheres que eu sou, se apaixonam ,inevitavelmente,
todas as vezes em que eu olho para você.