sábado, 28 de novembro de 2015

Filosofia de botequim. .....risos....




Como um frágil passarinho,
 eu estou em tuas mãos.
 Cuide de mim, com carinho, 
toque em mim, com desejo,
 arrisque-se, e me dê um beijo,
e jogue a toalha no chão.
 Descalce as  botas dos pés, 
ande descalço na areia, 
flutue sobre a maré,
 ouça o canto da sereia.
 Deite comigo, sem pressa,
siga as ondas do mar,
 esqueça toda a promessa 
que você fez, sem pensar. 
Como a esperança me diz,
seja feliz um segundo, 
porque o tempo feliz,
 é o que se leva do mundo.


quarta-feira, 25 de novembro de 2015

As sementes de mim!





Eu semeio a minha alma por onde eu passo, como quem semeia árvores e flores.
As minhas palavras carregam as sementes de mim, 
as sementes de quem eu sou.
Talvez as minhas imaginárias sementes germinem, realmente, em você.
Talvez amanhã, você acorde cheio dos risos e das flores que nascem de mim..
Talvez a minha alma brote no chão da tua alma
e aconteça uma árvore carregada de doces frutos, no verão.
Talvez as minhas palavras produzam asas
e as minhas palavras  voem no céu 
da tua boca.
Talvez as minhas palavras cantem para você
e você venha pousar na árvore do meu desejo.
Talvez as minhas sementes façam alamedas e jardins,
onde a minha alma e a tua caminhem, lado a lado,
e, inocentes e nuas, elas tomem de banho na fonte,
em noites de lua.
Talvez, as sementes de mim produzam uma frondosa e bela árvore,
onde os pássaros venham descansar do longo voo da migração,
onde você venha me encontrar e descansar das dores e do peso do mundo,
com a tua cabeça pousada em  meu colo.
Talvez!
Talvez também é uma semente...



Território de dragões


Dançando com você, no escuro absoluto,
no silêncio da noite, envolta em teus abraços,
ao som daquela música, que  apenas eu escuto,
eu sinto o teu amor colando os meus pedaços.

No silêncio da noite, nós dançamos sozinhos,
uivando como lobos, despertando os dragões,
pisando, sem sentir, nas pedras dos caminhos,
navegando felizes, num mar de sensações

A noite nos envolve, em seu lençol macio,
 e  unidos, os nossos corpos se perdem no espaço,
a emoção transborda e corre, como um rio,
e enquanto nós dançamos, eu morro e eu renasço...






domingo, 22 de novembro de 2015

O dia em que ele não veio!



No dia em que ele não veio,
como em outros que ainda virão,
 eu chorei e eu  fiquei com receio,
das dores da solidão...

Perdida em meus pensamentos,
vendo a vida passar, atrasada,
 derramei todos meus sentimentos,
sobre as pedras da minha calçada

Na noite em que ele não veio,
 tive  muito medo  do escuro,
e com um olhar, quase alheio,
espiei sobre as pedras do muro...

Olhando para o infinito,
eu rasguei minha alma ao meio,
e eu queimei o meu poema escrito,
no dia em que ele não veio...


terça-feira, 17 de novembro de 2015

O tempo e o rio.



O tempo passou, como um rio,
um rio limpo, azul, muito doce,
e ele encheu meus espaços vazios,
com os sonhos que você me trouxe.

O rio passou pela ponte,
e o rio, como o tempo, não volta,
ele corre buscando o horizonte,
e eu espero você, sem revolta...

Lento, o rio vai rasgando o rochedo,
vai correndo com  o tempo que passa,
ele avança, e eu não retrocedo,
o rio corre,  e você me abraça...

sábado, 14 de novembro de 2015

Um triste capítulo do livro da história.


Enquanto o sangue escorre, pelas ruas de Paris,
 um joelho se dobra, ao pé de um minarete,
uma explosão de  bomba reabre a cicatriz,
e um tiro do inimigo, atravessa o capacete....

É mais uma tragédia, no livro da história, 
a morte de inocentes, por um motivo vão,
é mais uma batalha da longa guerra inglória,
mais um feio retrato, da nossa solidão.

Nós estamos sozinhos, em nossas diferenças,
nós somos indefesos, num mundo assustador,
nós morremos nas ruas, na fé de nossas crenças,
e a morte nós persegue, em seu negro  xador...

Não podemos calar, diante da barbárie,
nós vamos repetir, por um milhão de vezes,
não vamos permitir, que a nossa vida pare:
por um mundo melhor, somos todos franceses...

PS: Uma reflexão sobre os atentados de Paris. Solidária, eu me cubro com a bandeira do povo atacado, e eu me pergunto: como o mundo civilizado por aceitar a existência de um estado tão bárbaro, que atenta contra a nossa própria humanidade. Não se trata de crença, fé ou religião. Trata-se da negação  de todo o significado, e toda a dignidade da vida. Homens que atacam e estupram crianças, homens de tratam mulheres como pacotes, homens de escravizam mulheres, homens que traficam, que sequestram,  que roubam, e degolam os diferentes, consideram-se  puros o suficientes para matar inocentes. O mundo civilizado não pode permitir que alguns grupos, em nome de um Deus, pratiquem tantas iniquidades.  

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Uma quase oração!




Meu senhor, livra-me do mal!
Eu nem abri os meu olhos, e a vida passou,
eu nem abri a agenda, e já é Natal!

Eu derramei o vinho, na água do meu  banho,
eu não  comi o pão, do trigo da campina,
eu não vi as estrelas, em teus olhos castanhos,
eu não realizei  os meus sonhos de menina...

Eu não beijei a boca, do homem que eu amo,
eu  não dormi com ele,  em lençóis de cetim,
eu nem provei o gosto, do amor que eu derramo,
também não vi a lua, que ele deu para mim...

Meu senhor, livra-me do mal!
Dê-me muito amor, nesta vida tão pouca,
eu quero ir para o céu, que existe em tua boca,
eu quero o teu amor,  presente no Natal!

sábado, 7 de novembro de 2015

O tempo congelado.


O tempo, congelado, é um sintoma
da febre  do desejo que me agita,
de uma paixão escondida na redoma,
é desta  minha esperança favorita...

O tempo, escapando entre os meus dedos,
como o vento, cavalgando a pradaria,
carrega, em seu dorso, os meus segredos,
torna lembrança, aquela dor que me afligia.

O tempo, é um aliado e um inimigo,
o tempo nos separa e nos atrai,
ele é o amor que eu desejo e eu persigo,
ele é o grande amigo, que me trai...

É o tempo quem me faz pensar,
em nossa história de amor, tão rara,
e protegido, como um fort militar,
 é para nós, que o tempo pára...

terça-feira, 3 de novembro de 2015

As palavras que você não diz!





É possível que você não possa compreender o que eu digo.
Talvez porque eu fale português, talvez por que eu fale de amor.
 E, se neste momento, eu caminho sozinha, e no escuro;
 se eu não posso nem sonhar em eu dividir o meu futuro com você,
 eu compartilho com você, o meu passado.
 Eu divido com você, momentos de delicioso encantamento,
 e eu crio, sobre esses momentos, um paralelo universo.
 Eu levo você, pela mão, através dos arquitetônicos cenários do passado,
 através dos cenários das minhas memórias,
seguindo o caminho  dos meus sonhos.
No vasto universo dos meus sonhos,
 um vento frio, um vento de outono, ele me traz o som da tua voz,
e a voz do vento traduz, para mim, as palavras que você não diz.
E são  as palavras que você não diz, 
são essas silenciosas palavras, espalhadas pelo vento,
 que eu escuto, porque você me fala de amor,
mesmo calado