É possível que você não possa compreender o que eu digo.
Talvez porque eu fale português, talvez por que eu fale de amor.
E, se neste momento, eu caminho sozinha, e no escuro;
se eu não posso nem sonhar em eu dividir o meu futuro com você,
eu compartilho com você, o meu passado.
Eu divido com você, momentos de delicioso encantamento,
e eu crio, sobre esses momentos, um paralelo universo.
Eu levo você, pela mão, através dos arquitetônicos cenários do passado,
através dos cenários das minhas memórias,
seguindo o caminho dos meus sonhos.
No vasto universo dos meus sonhos,
um vento frio, um vento de outono, ele me traz o som da tua voz,
e a voz do vento traduz, para mim, as palavras que você não diz.
E são as palavras que você não diz,
são essas silenciosas palavras, espalhadas pelo vento,
que eu escuto, porque você me fala de amor,
mesmo calado

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