Com os meus olhos vendados,
eu sou um revolto mar de sensações...
Alma à deriva,
corpo em chamas,
o coração queimando pontes.
Eu estou partindo, em uma viagem sem retorno.
Eu estou abandonando os meu conhecidos territórios,
eu estou abandonando a segurança do porto,
e o conforto das minhas memórias.
Eu estou iniciando uma insana viagem,
pelos mundos desconhecidos,
guiada apenas pelos meus sentidos.
Com os meus olhos vendados,
eu caminho na beira do abismo,
em um trajeto de alto risco.
Coração disparado,
a pele arrepiada,
e um morno tsunami invadindo o meu corpo.
Caminhando às cegas,
ignorando o meu destino,
e sem eu escolher o meu rumo,
eu sinto que a vida e o acaso,
me levam, sem resistência.
Com os meus olhos vendados,
cega de paixão,
tateando no escuro,
sentindo o áspero da vida, rasgando as minhas mãos,
tateando no escuro,
sentindo o áspero da vida, rasgando as minhas mãos,
eu toco em você, de repente,
e a vida, então, faz sentido...
e a vida, então, faz sentido...

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