Eu me olho, refletida no espelho,
e eu vejo essa estranha criatura,
essa mulher colorida de vermelho,
e esse rosto, que sorrindo me censura.
Quando eu me vejo nesta fria superfície,
eu encontro uma mulher desconhecida,
e nas palavras que você nunca me disse,
eu recebo e eu traduzo o teu convite.
Como uma chama eu derreto o vidro frio,
como a fogueira, eu acendo os teus sentidos,
eu te arrebato, neste lindo céu que eu crio,
e eu declaro o meu amor, em teus ouvidos...
Algo em comum, que reúne nesta cena,
duas mulheres que se encaram, face a face.
Elas concordam que viver valeu a pena
quando o acaso decidiu que eu te amasse.

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