quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Entre os mistérios da paixão e a divindade.




Há um traço de tristeza em meu olhar,
como o da flecha que fugiu do arco.
 Eu estou perdida em um  vasto mar,
e um forte vento revirou o meu barco.

Eu navego, em meio à tempestade, 
e na total escuridão da minha mente,
eu encontro a luz da minha divindade,
e a minha  noite se ilumina, de repente...

O que me salva do naufrágio é o teu amor,
tão humano e ao mesmo tempo tão divino,
ele é o silêncio e a batida do tambor,
ele é um deus que conduz o meu destino.

Todos nós temos um deus iluminado,
habitando a nossa imensa escuridão.
Se nós, humanos,  inventamos o pecado
o nosso deus  inventa logo  o perdão...

E assim nós vamos caminhando nesta vida,
alternando o lado negro e  a claridade,
nós somos sempre uma obra dividida,
entre os mistérios da paixão  e a divindade...

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