quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Fruto proibido!




Eu não quero falar daquilo que machuca,
da dor da tua ausência,
do sonho que acabou.
Eu não quero saber do tiro da bazuca,
do avanço da ciência,
e nem saber quem sou.
Eu quero acordar do denso pesadelo,
andar pelos caminhos, sem rumo e sem destino,
pensando em você, talvez eu possa vê-lo,
nas nuvens passageiras, do céu que eu imagino.
Eu não quero chorar o leite derramado,
e nem fechar a porta, que o vento derrubou,
eu quero a esperança, andando lado a lado,
ser a dona da bola, fazer meu próprio gol.
Eu quero semear sementes de alegria,
e me molhar com chuva, voando com o vento,
eu quero renascer, com o raiar do dia,
e viajar na nave estelar do pensamento...
Eu quero resistir, curar minhas feridas,
montar em meu cavalo, em noite de luar,
quero pisar estrelas, viver múltiplas vidas,
viajando no tempo, sem pressa de chegar.
Eu quero, ao final, depois da tempestade,
me encontrar com você, talvez em outra vida,
ser feliz por inteiro, e não pela metade,
morder sem compaixão, a fruta proibida...


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