Eu guardo em mim o mistério da lagarta,
que algum dia será uma borboleta,
toda surpresa e ansiedade de uma carta,
todo o perfume da modesta violeta.
Eu quero asas, mas morrer não se descarta,
e no milagre, que é a transformação,
eu sou mulher aprisionada na lagarta,
e a borboleta é o meu louco coração.
toda surpresa e ansiedade de uma carta,
todo o perfume da modesta violeta.
Eu quero asas, mas morrer não se descarta,
e no milagre, que é a transformação,
eu sou mulher aprisionada na lagarta,
e a borboleta é o meu louco coração.
E no silêncio, na angústia e solidão,
às vezes eu sinto que me falta o ar,
sob os meus pés já não há mais chão,
e só me resta morrer ou voar...
Metamorfose, essa estranha sinergia,
esse processo que liberta quem eu sou,
que me transforma em mulher, nesta magia,
que me faz ser a borboleta que voou.
Metamorfose, essa estranha sinergia,
esse processo que liberta quem eu sou,
que me transforma em mulher, nesta magia,
que me faz ser a borboleta que voou.
PS: Se eu for uma borboleta, o que será você? A minha avó sempre me contava uma história de amor entre uma águia e um golfinho, mas ela sempre me perguntava: onde farão eles o seu ninho? Rindo, eu acho que eu achei uma solução para nós. Borboletas não fazem ninho.

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