quinta-feira, 1 de março de 2018

Amor sozinho!



Planície de altitude, ar rarefeito!
Uma águia voa alto e sobre tudo, 
 o vento frio corta e rasga o meu peito,
 o riacho congela, e fica mudo.

Nas montanhas nevadas, ao luar,
o uivo do lobo representa a dor que eu sinto
e a lua cheia  pairando sobre o mar,
desafia os  dragões do meu instinto.

Despertando esse vulcão extinto,
derramando luz e fogo sobre a neve,
o meu amor percorre  um longo labirinto,
onde eu te encontro em um momento breve.

Calor do fogo, bate o coração,
a minha pele arrepia de desejo,
neste momento, tão raro, de paixão
em teu abraço eu me aqueço e me protejo.

Nem mesmo a lua cheia se atreve,
até estrelas desviam seu caminho,
quando o desejo e a tua mão escreve,
a trajetória deste amor sozinho.


PS: É verão, calor de vulcão, mas há neve em meus pensamentos.



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