Talvez eu seja um anjo de candura,
ou a mulher que carrega o gato,
talvez eu seja a paz que adoça e cura,
ou eu seja o desencanto, o desacato.
Se no horizonte eu só vejo a vastidão,
um imenso vazio, impreenchível,
em meu corpo, eu sinto a tua mão,
na carícia de um toque invisível...
Confiante, eu ando sobre o muro,
eu piso firme sobre o fio da navalha,
e quando eu vejo o teu rosto no escuro,
o meu desejo, como o fogo, se espalha...
Por onde eu ando eu piso sobre espinho,
talvez a dor seja o que há, de fato,
mas eu persisto, eu faço o meu caminho,
por mais que ele me pareça insensato..
PS: A noite está incrível, linda, com uma imensa lua cheia passeando pelo céu, escoltado
por um exército de estrelas. Aproveite! Siga a lua e o seu refulgente exército, e você poderá me encontrar, então. Eu sempre deixo estrelas, por onde eu passo, para que você possa seguir o meu rastro.

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