Com aquela leveza de quem ama,
eu não me apego à Lei da gravidade,
e como o raio que acende a chama,
eu me estilhaço em fogo, em calor e claridade.
Sob a misteriosa luz da lua cheia,
protegida pelas rochas da costeira,
eu canto o antigo canto da sereia,
nos profanos rituais das feiticeiras.
Eu sou aquela que carrega o mundo,
mas flutua no ar como uma pluma,
e na exata fração de um segundo,
eu me desfaço, como a onda de espuma.
Eu sou o som do tambor, tocado ao longe,
o cortante som do violino,
o desejo secreto de um monge,
a cega fé que conduz o peregrino.
Como o melhor perfume ou veneno,
que seduz, e ao mesmo tempo é tão letal,
contida em um frasco tão pequeno,
eu posso ser encantadora ou ser mortal.
Como o melhor perfume ou veneno,
que seduz, e ao mesmo tempo é tão letal,
contida em um frasco tão pequeno,
eu posso ser encantadora ou ser mortal.
Eu sou real, em tua imaginação,
sou tua prisão e também o passaporte
eu danço ao som do teu coração,
sou tão letal quanto a vida e a morte.
e a minha divertida tendência ao drama, mas eu acho que as minhas palavras expuseram todos os mágicos, belos e até sinistros seres do meu lado negro. O meu lado letal. Rindo, eu alerto: isto é apenas um poema.


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