morder o fruto proibido do pecado,
morder também, a serpente e maçã,
misturando o profano e o sagrado
Enrolar em teu corpo, como a cobra,
deslizar em teu corpo adormecido,
derramar esse desejo que me sobra,
transbordar o tsunami da libido...
Deixar de ser aquele anjo que levita,
uma alma, toda pura e inocente,
para ser aquela chama que crepita,
a pecadora, que reincide, impenitente.
Deixar de ser aquela estrela guia,
aquela que brilha no céu, indiferente,
para eu ser a sensação que te vicia,
a mulher, a maçã, e a serpente.
PS: Noite úmida e insuportavelmente quente. Depois de um forte treino, um banho frio no jardim,
é natural que eu me sinta uma mistura da mulher, a maçã e a serpente, especialmente em noite de Halloween. É uma reedição, mas eu gosto desse meu poema.




