A luz das estrelas refletidas no rio,
silêncio e tristeza rondando a floresta,
meu corpo cansado arrepia de frio,
a noite consome a luz que me resta.
Há medo e mistério no escuro da noite,
sons desconhecidos parecem gemidos,
os gritos das aves são como um açoite,
e o rio vai levando os meus sonhos perdidos.
A vida é assim, uma exploração,
uma expedição que atravessa a floresta,
é luta entre o sonho e as pedras do chão,
e a dança do medo, no meio da festa.
As águas tranquilas murmuram na areia,
o rio, como espelho, refletindo a lua,
eu sou, nesse instante, uma ninfa ou sereia,
a deusa das matas, caminhando nua...
PS: Eu estou revivendo momentos vividos em minha expedições nas florestas do Brasil. São mosaicos de momentos mágicos e também de medo que a floresta traz. Eu adoro o silêncio da Floresta Amazônica, rasgado apenas pelos rugido dos macacos e o triste canto de aves noturnas.
Nunca Deus é tão presente em minha vida, como nos momentos de profunda solidão na Amazônia.


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