domingo, 17 de maio de 2020

Na superfície da água.








Não sei quando começou,
mas não começou do começo,
o teu amor me tocou
e me virou pelo avesso.

Não respeitou as fronteiras,
nem os dogmas e  a lei,
eu  sei que eu me dei inteira,
e  sem pudor, eu te amei.

Não sei quando começou
a minha louca paixão,
mas sei se o tempo parou,
e ela entrou pelo vão.

Eu sei que o meu coração
dispara quando eu te vejo,
o fogo brota do chão,
e eu me queimo de desejo.

Eu mergulho no espaço,
meu pés  desprendem do chão,
sem saber como, eu te abraço,
em  fogo ardente e paixão.

Sem limite e sem temor,
sem ilusão e sem mágoa,
eu declaro o meu amor,
na superfície da água.


PS: Eu sei que eu escrevo para ninguém, eu sei que você jamais irá ler aquilo que eu escrevo para você, É como escrever na superfície da água. Ainda assim eu escrevo. Algo em mim acredita que a energia e a paixão dos meus sentimentos atravessam o tempo e o espaço, e ela chegam até você, elas tocam em você. Não sei quando começou, mas quando começou, já era amor...


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