Quando eu for embora
não me procure num jazigo escuro e frio,
nem na tristeza do olhar de alguém que chora,
ou na neblina de algum lugar sombrio.
Procure-me na brisa,
no voo das cortinas,
no vento que te alisa,
nas aves peregrinas...
Procure-me no sol,
nas estrelas do céu,
nas luzes do farol,
no calor do fogaréu.
Procure-me na espuma,
nas pedras da costeiras,
no mistérios das brumas,
no olhar da feiticeiras...
Procure-me enfim,
nos vasos das janelas,
nas rosas dos jardim,
nas flores amarelas...
Procure-me nos rios,
que vem dos cafundós,
nos espaços vazios,
no Rio Tapajós...
Procure-me nos mar,
nadando com golfinhos,
flutuando no ar,
seguindo os passarinhos...
Procure-me também,
nas pedras das sarjetas,
na luz que vem do além,
na cor das borboletas...
Escute-me falar
no som dos violinos,
na música do mar,
no riso dos meninos.
Sempre estarei presente,
como uma estrela guia,
no amor que você sente,
espalhando alegria...
PS: Eu penso na morte, às vezes! Eu decidi que eu nunca estarei presa a um túmulo. Se há vida além da morte, eu quero nadar com os golfinhos, voar com os passarinhos.
Se não há, eu quero apenas estar presente na memória de quem eu amo,
transbordando alegria através de tudo aquilo que eu amo.
Rindo, eu confesso que eu posso ser muito sinistra, às vezes, mas mesmo quando eu sou sinistra, eu sou de um jeito divertido e sonhador!
