Depois de longos dias de secura,
com ar pesado de poluição,
a chuva lava, cicratiza e cura,
faz germinar as sementes no chão
São muitos dedos que me acariciam,
gotas de chuva caindo do céu,
nuvens escuras que os ventos guiam,
curvando os ramos, levando os chapéus.
A chuva cai deste céu sem cor,
sobre árvores que dançam, recurvadas,
como a mulher saciada pelo amor,
cujo prazer transbordou na madrugada.
Silenciosa, a chuva escorre na vidraça,
escreve história no vidro embaçado,
e a sensação de tristeza nunca passa,
num coração solitário e encharcado.
Meu coração, inundado de paixão,
iluminado como as luzes de um farol
dança na chuva, a dança da sedução,
para atrair o teu olhar e a luz do sol
PS: Depois de meses de estiagem, a chuva chegou. Não uma tempestade volumosa,
mas uma chuva serena e triste. Não é uma chuva que nos chama para dançar,
mas é uma chuva que pede aconchego e abraços. Posso contar com o teu abraço? ...muitos risos...

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