Eu escrevo desde pequenina. A palavra sempre foi o meu escudo e a minha arma, a minha trincheira e o meu abrigo. Escrevo como quem respira, sem preocupação ou compromisso com a estética ou a gramática. São rastros da minha passagem pelo mundo,vestígios da minha alma. Mente e coração livres, leves e soltos no ar. Mulher com asas para superar limites, com garras para defender suas idéias, seu lugar no mundo.
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
SILÊNCIO
Seu silêncio oprime!
Tem o o peso da neurose
e sibila...
Seu silêncio fecha portas,
mina alicerces,
quebra vidros...
Seu silêncio faz corte de lâmina
na minha paciência
e roe unhas...
Seu silêncio tem olhos fixos,
teimosia absurda
e ronco de motor...
Seu silêncio é um abuso,
uma infração,
abordagem violenta...
Seu silêncio fala de desamor,
de sofrimento,
de traumas.
Seu silêncio é erudito
e não entende o meu riso.
Seu silêncio encarcera você
e o faz chorar de solidão.
Seu silêncio é burro!
Não ve nada
e ninguém além de si...
Seu silêncio tem cortes, abismos,
atalhos, onde você se perde e se atira:
Tem segredos...
Seu silêncio é mentira - para encobrir seu medo!
Tem o o peso da neurose
e sibila...
Seu silêncio fecha portas,
mina alicerces,
quebra vidros...
Seu silêncio faz corte de lâmina
na minha paciência
e roe unhas...
Seu silêncio tem olhos fixos,
teimosia absurda
e ronco de motor...
Seu silêncio é um abuso,
uma infração,
abordagem violenta...
Seu silêncio fala de desamor,
de sofrimento,
de traumas.
Seu silêncio é erudito
e não entende o meu riso.
Seu silêncio encarcera você
e o faz chorar de solidão.
Seu silêncio é burro!
Não ve nada
e ninguém além de si...
Seu silêncio tem cortes, abismos,
atalhos, onde você se perde e se atira:
Tem segredos...
Seu silêncio é mentira - para encobrir seu medo!
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
SUA AUSÊNCIA
Quem me dera sua ausência não o fosse,
Porque nada é, diante dela.
Vai-se a esperança que você me trouxe,
Morre a paisagem além da janela...
Nada há para dizer se você não está,
Nem para onde ir - meu lugar é você,
Tudo o que busco dissolveu-se já.
Nada há para lembrar ou esquecer...
Sua ausência é o vazio, a nulidade,
Que sepulta as manhãs na anti-vida,
Com requintado sadismo e crueldade.
Sob as ruínas de sonhos, escondida,
Sua ausência é a neurose da cidade,
É a batalha decisiva - perdida!!!
(Tela de Garmash - Quiet moment)
Porque nada é, diante dela.
Vai-se a esperança que você me trouxe,
Morre a paisagem além da janela...
Nada há para dizer se você não está,
Nem para onde ir - meu lugar é você,
Tudo o que busco dissolveu-se já.
Nada há para lembrar ou esquecer...
Sua ausência é o vazio, a nulidade,
Que sepulta as manhãs na anti-vida,
Com requintado sadismo e crueldade.
Sob as ruínas de sonhos, escondida,
Sua ausência é a neurose da cidade,
É a batalha decisiva - perdida!!!
(Tela de Garmash - Quiet moment)
RISO
Seu riso é menino
atrás de muros altos,
num jardim antigo, sozinho...
Seu riso moleque
atira pedras ao léu,
dá chutes no nada,e chora...
Seu riso pergunta
e ninguém responde,
porque ninguém entende...
Seu riso é erudito,
é intelectual e escarnece
dos leigos e ignorantes...
Seu riso é relâmpago, (Innocense - Tela de Garmash)
um prenúncio de chuva
que anuncia desastre...
Seu riso, em suma, é triste...
Cheio de lutas por nenhuma causa justa.
Nublado e cheio de fantasmas,
Seu riso me atrai - e me assusta...
DESABAFO
(Rose beauty - Tela de Garmash)
Para as folhas mortas eu abri meu peito,
aconcheguei no coração os pobres, os pintinhos,
gente, filhote de serpente, árvore pelada,
vento frio, vento forte, chuva de inverno...
e me perguntei, prá que tanta porcaria
se você não está, e mesmo se estivesse não me notaria...
(escrevi aos 15 anos e não me lembro para quem)
Pintura de Garmash: Rose beauty
CHUVA
A chuva é linda! Dois pés frios e nus pisam as pedras da calçada... Dois pés descalços desenham uma busca. As águas escorrem pela cara da noite, pela minha cara. Chuva e eu - ambas tristes...
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