O Rio Madeira, como eu, fugiu do leito,
e inundou as cidades e a floresta,
eu sinto o rio transbordando, no meu peito,
e a minha alma escoando pela fresta....
É um mar de águas carregando a vida,
alterando e corroendo a margem,
é como a dor de uma triste despedida,
que precede a alegria da viagem...
E a Amazônia, inundada e submersa,
na massa d'água de um rio que se rebela,
tem o efeito de uma ação perversa,
e ao mesmo tempo, uma visão tão bela.
E assim o rio e esta imensa inundação,
é como o amor que inunda o meu peito,
arrasta tudo, mas me traz a inspiração,
foge das margens, mas retorna ao leito.

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