A palavra é o meu refúgio e a minha arma.
As palavras se avolumam em minha mente,
e depois elas transbordam, com o volume e sonoridade de uma cachoeira,
inevitáveis como uma avalanche.
As minhas palavras expressam quem eu sou,
elas dizem aquilo que eu sou, mas...
O que sou eu, afinal?
A lava incandescente de um vulcão,
o vento que alimenta o vendaval,
um universo à beira da explosão,
ou a fúria incontida do animal?
ou a fúria incontida do animal?
O que sou eu, afinal?
Uma ave migratória, de passagem,
um sonho, um desejo passional,
o fim e ou começo da viagem,
a guerra ou paz universal?
O que sou eu afinal?
Se tudo me parece irreal,
quando você, meu amor, não está por perto,
se eu evaporo, como a chuva, no deserto,
eu só reflito a luz que incide no cristal...
E o que sou, para você?
Um delicado gesto de carinho,
um rastro de paixão, que não vê,
o aconchego e a proteção do ninho,
a declaração de amor que você lê?
O que sou eu afinal?
Se tudo me parece irreal,
quando você, meu amor, não está por perto,
se eu evaporo, como a chuva, no deserto,
eu só reflito a luz que incide no cristal...
E o que sou, para você?
Um delicado gesto de carinho,
um rastro de paixão, que não vê,
o aconchego e a proteção do ninho,
a declaração de amor que você lê?
Quem sou eu, se nesta estrada escura,
eu me perco em minha inquieta mente,
se nenhuma grade ou algema me segura,
se eu me rebelo e eu fujo, simplesmente...
O que sou eu, sem você,
se "você" é a palavra que eu mais amo,
e sem você, de tristeza, eu me calo,
e se eu sou tudo aquilo o que eu falo,
é sempre você que eu declamo...
O que sou eu, sem você,
se "você" é a palavra que eu mais amo,
e sem você, de tristeza, eu me calo,
e se eu sou tudo aquilo o que eu falo,
é sempre você que eu declamo...

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