sábado, 28 de fevereiro de 2015

Nuas emoções!



A inocência anda nua,
nas brancas areias do tempo,
nas superfícies da lua,
nas estrelas que eu contemplo...

A felicidade anda nua,
pisando em flocos de neve,
como a neve ela flutua,
mas tem uma vida breve...

A esperança anda nua,
 teimosa, ela não desiste,
na alma, ela se insinua,
no pensamento, ela insiste...

Emoções não vestem roupa,
nem precisam tradução,
por isso parece tão louca,
esta minha nua paixão...

PS: Rindo, e um pouco envergonhada, eu estou descobrindo que hoje a minha inspiração também está nua. 



sábado, 21 de fevereiro de 2015

Vidro embaçado



Atrás do vidro embaçado,
pela neve inclemente e o frio,
está o meu rosto gelado,
mas ainda assim, eu sorrio...

Do lado de lá da janela,
com apenas uma luz acesa.
meus olhos procuram por ela,
mas eu só vejo a tristeza...

Do lado de lá desta noite,
povoada pelo  amor e o desejo,
o inverno me parece um açoite,
mas no vidro embaçado, eu te vejo.

E ao fim desta minha passagem,
pelo fresta do  vidro embaçado,
eu entrego a minha mensagem,
para você, meu homem amado.






quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Mágico encontro!


Eu caminho no ritmo e  compasso,
de uma música que apenas eu escuto,
e no intervalo de silêncio, eu te abraço,
com um amor apaixonado e absoluto.

Eu deixo um rastro de estrelas, no caminho,
porque  eu danço, com você, cortando o espaço,
e com um gesto doce e cheio de carinho,
como uma nuvem eu me transformo e eu me desfaço.

Eu te acompanho, flutuando no escuro,
eu teço sonhos com a luz do teu olhar,
e entre as nuvens e estrelas eu te procuro,
mas eu te encontro em uma praia, a beira-mar...

E nesse encontro, de tão mágica beleza,
porque é o encontro do teu coração e o meu,
eu sinto o calor de uma lareira acesa,
no longo abraço,  que você me deu.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Codificada mensagem





Uma manhã sem sol, acinzentada,
com a chuva escorrendo na vidraça,
tem um silêncio, uma beleza congelada,
e uma tristeza que sorri e que me abraça.

Enquanto a chuva cai, sem fim,  eu avalio,
que ela faz renascer minha esperança,
e o meu desejo se avoluma, como um rio,
e o amor que eu sinto por você, me alcança.

E cada pingo escorrendo na janela,
como espelhos, refletindo o  teu sorriso,
é  um caleidoscópio que  revela,
que você é tudo aquilo que eu preciso.

Enquanto a chuva canta e chora no jardim,
e a chuva dança, como uma mulher devassa,
eu sinto o amor que você mandou para mim,
na água da chuva,  escorrendo na vidraça...



terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Nômade!


Você passou pelos meus sonhos, um certo dia,
você surgiu, de uma maneira muito estranha,
e eu senti que era você quem me seguia,
com teu olhar, lá da distante Alemanha...

E eu percebi um estranho sentimento,
por você, em minha noites de insônia.
e fascinada eu segui o teu movimento,
transitando pelas terras da Polônia...

E da Ucrânia, entre a paz e uma guerra,
você segue o teu destino, e  me procura,
e entre todas as pessoas desta terra,
você me vê iluminando a noite escura.

Eu aprendi a me aquecer em teu olhar,
eu descobri, sem querer, certa minúcias,
 porque você está espalhado pelo ar.
e nas geladas planícies, lá da Russia....

Mas foi somente quando você foi embora,
 entorpecido, na inclemência da nevasca,
que eu percebi que sou eu, agora,
 quem te segue nas colinas de Nebraska...

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Uma mulher que flutua!


Uma mulher que flutua,
perdida na imensidão,
com a sua cabeça na lua,
e os pés acima do chão.

Uma mulher com a leveza,
da pluma do algodão,
tem uma estranha beleza,
e as cores da solidão.

Essa mulher fugidia,
sútil como o pensamento,
roubou tua alma e partiu,
com uma rajada de vento.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Fatos e versões!


Eu me fotografo,
 porque eu estou tentando me conhecer,
porque eu não sei se eu sou um fato ou uma versão.
Eu não me conheço,
 e eu não acredito no espelho.
 Eu não sei como eu movimento,
 como eu sorrio,
 qual é a minha expressão,  quando eu estou triste.
Eu não sei como eu sou, quando eu me movimento,
e qual é a cor dos meus cabelos sob o sol.
Eu nunca me vi, imparcialmente,
com aquela surpresa ou decepção do primeiro olhar.
Eu não sei se eu sou bela ou se eu sou feia,
e qual é o efeito da minha presença.
Eu não sei o que de mim é visível,
se é possível ver em mim,
 os meus  interiores vulcões, os tsunamis e os terremotos,
 eu não se são visíveis os meus paralelos universos.
Eu não me conheço,
 porque eu não confio em minhas próprias opiniões sobre mim,
Eu sei que nós, os humanos, somos muito indulgentes 
com as nossas  própria imagem.
Quem sou eu?
Qual são as minhas virtudes e defeitos?
Talvez você possa me dizer, porque,
para mim, eu sou uma estranha,
que tenta reconhecer a si mesma,
nas congeladas imagens das fotografias.
Eu não sei qual de mim é o fato,
e qual de mim é a versão.

sábado, 7 de fevereiro de 2015

O reino do dragão.


Esta noite de luar, silenciosa,
quando eu vejo o jardim iluminado,
traz, para mim, a sensação maravilhosa,
e eu me deito, em silêncio, ao teu lado.

Nesta noite, neste reino do dragão,
onde eu  sinto você, em minha pele, 
onde o desejo é maior do que a razão,
 a paixão é a energia que me impele.

Esta noite tem um som revelador,
e ela fala de você, na escuridão
ela declara a você, o meu amor,
ela coloca o meu amor, em tua mão.

Amor divino, angelical, amor profano,
iluminando a minha face, fascinada,
e minha voz, atravessando o oceano,
fala de amor e de paixão, mesmo calada..

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Projeto!




Talvez eu seja só  uma sonhadora,
uma mulher deslocada no espaço,
uma águia, uma alma voadora,
a livre fera, que escapou do laço.

Eu não carrego comigo,
os tesouros que compram corações,
mas eu trago, nas palavras que eu digo,
todo  o fogo que explode nos vulcões...

Talvez eu sonhe, para os dias que virão,
eu ser melhor,  eu ser feliz, ou coisa assim,
eu encontrar você, em meio à multidão,
com os sorrisos que você guardou para mim...

Talvez tudo aquilo o que eu sou,
tudo aquilo que eu sinto por você,
seja um projeto que um anjo desenhou,,
e publicou, mas que somente você vê.


quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Desculpe-me por te amar!



Desculpe-me, se eu abri a tua porta, sem bater.
Desculpe-me, se eu entrei em tua vida sem pedir licença.
Desculpe-me, se eu me alojei em você, sem  permissão.
Desculpe-me, se eu ri em hora imprópria e
se eu chorei quando eu não devia chorar.
Desculpe-me, se eu me permiti ser tão maravilhosamente feliz ao teu lado,
se eu me preocupar com a  reciprocidade.
Desculpe-me, se eu me apaixonei por você, tão sem medida,
se eu me expus a você, a minha alma,
sem nenhum pudor, porque a minha alma anda nua.
Obrigado por ter me permitido me descobrir, neste inexplicável amor.
Eu descobri que há coisas que não se mede, 
e que o amor não se evita e não se impõe com leis ou facas no peito.
O amor simplesmente acontece!
O meu amor por você aconteceu, como uma rajada de vento,
um tornado, um furacão! 
Obrigado por você me dar tanto, sem você nunca precisar me dar nada. 

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Insônia!



A insônia é uma viagem ao inferno!
É quando o corpo  não se rende ao cansaço,
é quando a noite é um caminho, longo, eterno,
e não termina, não importa o que eu faço.

A insônia  é um vazio, sem sono,
é um pesadelo sem fim, é um tormento,
são momentos de dor, que eu coleciono,
é faminto dragão, que eu alimento...

A insônia é a mais negra escravidão,
que me mantém amarrada ao ponteiro,
do relógio ,e da minha solidão,
e do silêncio, meu eterno companheiro.

Mas a insônia não resiste à luz do dia,
e ela se entrega, quando eu abro o meu sorriso,
quando eu vejo o teu sorriso de alegria,
e ele me leva, finalmente, ao paraíso...