quarta-feira, 20 de abril de 2016

Acidentes geográficos!


Sobre as agulhas de penhascos milenares,
como as torres de um castelo solitário,
dormem falcões, debruçados sobre os mares,
dorme o tempo, na aridez do calendário.

As gargantas de pedras das costeiras,
onde o mar canta uma canção cheia de dor,
foram rasgadas pela fúria das geleiras,
em um gesto extremado de amor.

Em colinas onduladas e macias,
onde passeiam, a minha mente e o luar,
correm lentos, os meus sonhos e os meus dias,
e o nosso encontro não tem pressa de chegar.

Sobre as montanhas, como irmãs que se sucedem,
nos horizontes, onde eu encontro o teu olhar,
são as luzes  do luar que me concedem,
a  irrestrita licença  para sonhar.

Mas é na praia de brancas areias,
coroada pelo mar e pela espuma,
que  a paixão ferve o sangue, em minhas veias.
quando  esse amor, por você, se avoluma.

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