sábado, 24 de setembro de 2016

A primavera e as iniquidades. ...risos...



A primavera passou em minha rua,
e deixou flores em minha janela,
enquanto o  ciclo da vida continua,
a sordidez do ser humano se revela.

Enquanto um deus piedoso nos redime,
um outro deus é invocado, e em seu nome
é praticada a opressão e todo crime,
porque a fé pode ser arma contra o homem

Enquanto estrelas marcham pelo céu,
enquanto um cão late para a lua,
uma mulher esconde o rosto com o véu,
e uma criança chora pela rua...


quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Silêncio!!!


Não é a palavra o  que nos define,
não é a música, aquilo que me acalma,
não é a joia exposta na vitrine,
 que me encanta e seduz a minha alma...

Não são as asas das aves migratórias,
que fazem  voar os meus pensamentos,
não são poetas que escrevem nossa história,
e espalham o nosso amor aos quatro ventos...

É o silêncio,  essa força que nos une,
é a energia, quem  amplia o universo,
ao mesmo tempo, é  a tristeza que nos pune,
como se fosse um algoz  perverso.

É em silêncio que eu toco em tua alma,
e  em silêncio, a minha  pele arrepia,
em silêncio, o meu corpo se acalma,
em nossa doce e amorosa  terapia.

É no silêncio, que a vida ganha cor,
e em silêncio, nem a morte nos abala,
é o silêncio quem descreve o nosso amor,
porque entre nós, o silêncio sempre fala...

sábado, 17 de setembro de 2016

Simplesmente mortais!


Eu vivo a vida, com o infinito prazer de quem
sabe que a vida é preciosa e fugaz.
Eu vivo a vida sem protocolos,
com um divertido atrevimento,
desfrutando cada momento,
cada mínima oportunidade,
cada precioso por de sol,
cada dia de nasce.
Eu vivo a vida, pisando sobre estrelas,
sem nenhum medo de eu ser feliz,
porque a morte é um destino certo.
Quando a morte chega, ela não pede credenciais,
ela não não respeita hierarquias,
ela não considera o grau de celebridade,
ou poder econômico ou político.
Nada e ninguém é mais democrático do que a morte.
A morte não discrimina ninguém pela cor da pele,
status social, idade ou crença.
Quando a morte chega,
ela não aceita suborno, nem prorrogação,
e ela jamais permita que se carregue qualquer bagagem.
Tudo o que nós levamos, é a vida que vivemos,
a alegria que experimentamos,
é o prazer que nós desfrutamos,
e a felicidade que compartilhamos.
Diante da morte, sem nenhuma exceção, 
 todos nós somos simplesmente e apenas humanos e  mortais...

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Manhã na cama!




Manhã na cama, preguiçosa e relaxada,
é uma delicia, esta viagem, para mim,
a minha pele é aquecida e é tocada,
pela minha  camisola de cetim...

Manhã na cama,  pela sol iluminada,
sentindo a brisa que vem pela janela,
eu me perco em teu sorriso, fascinada,
como uma encantada Cinderela...

Manhã na cama, de amor sem pressa,
com longos beijos, como uma viagem.
Delicioso, o nosso dia recomeça,
e vida avisa que estamos de passagem...

(Moral da história: aproveite a riqueza, a beleza e o prazer  de cada momento, porque eles são únicos.
O tempo não volta. ...risos...)

sábado, 10 de setembro de 2016

Primavera!




Há no ar, uma  onda de energia,
como se fosse a despedida do inverno,
e a primavera, transbordando de alegria,
está voltando, em seu ciclo eterno.

Há perfumes e o vermelho das cerejas,
há uma orquestra de alegres passarinhos,
vibra, no ar, o som do sino das igrejas,
sinto na boca, o sabor doce dos vinhos.

É como um sonho que começa, sem aviso,
sem que nada ou ninguém possa evitar,
eu renasço na estação do teu sorriso,
e eu flutuo com você, em pleno ar.

Por mais dura que seja a nossa espera,
por mais longo que seja o caminho,
 você ainda irá voltar com a primavera,
como as aves voltarão para o seu ninho.

sábado, 3 de setembro de 2016

Assim sou eu, como a receita determina. ...risos...



Toda mulher é um anjo disfarçado,
é um mistério de difícil solução,
é uma mistura de perdão e de pecado,
com a energia e o fogo de um vulcão.

Cada mulher tem a sua identidade,
é um universo paralelo, e em conflito
toda mulher busca a tal  felicidade,
em cada passo e também no infinito.

Assim sou eu, a pergunta que fascina,
a identidade, que ninguém mais pode ter,
sou tão humana, e também quase divina,
uma mortal, que jamais irá morrer.

Assim sou eu, como a receita determina:
uma quase anjo, da divina dinastia,
uma mulher com a alma de menina, 
a madrugada que sem dor, pariu o dia...