quinta-feira, 30 de novembro de 2017

A razão também sonha, afinal!


Neste mundo todo o ser é nada, 
quando se perde  da sua humanidade,
quando a razão é oprimida pela espada,
quando é apartado da sua divindade...

Tudo se perde em um turbilhão verbal,
quando a razão e o sonho rompem laços,
mas a razão também sonha, afinal,
quando os amantes se misturam em abraços.

Quando se vive num sistema violento,
aprisionados em tantas contradições,
a razão se dissipa com o vento,
com a violência e o fogo das paixões.

O nosso ser é uma energia poderosa,
é o arquiteto de uma luta dissidente,
é um espinho que  se inspirou na rosa,
e se apaixona pela rosa, de repente...

O ser é nada sem o fogo da paixão,
é a razão só é uma tola armadilha,
porque  a estrela do meu ser rebrilha,
quando o amor faz a sua intervenção.

PS: Eu sei que você é feito de razão, mas, segundo as minha leis, a razão também sonha, afinal. Permita-se, por um momento apenas, ser paixão, ser emoção e dane-se a razão.


domingo, 26 de novembro de 2017

Finitude!




Eu ando sempre sozinha,
sem dirigir os meus passos,
sem escrever entre as linhas,
sem limitar o que eu faço.

Eu quero ir além de tudo,
das fronteiras do meu ser,
se tudo muda, eu não mudo:
tudo o que eu quero é viver.

Viver tão intensamente,
viver com tanto paixão,
com a alma, e com a mente,
pairando na imensidão...

Viver sem medo ou conflito
sem poupar o meu amor,
porque o amor é infinito,
e ele vai para onde eu for.

Viver sem poupar a vida,
essa energia bendita,
porque a morte é atrevida,
e a nossa vida é finita...

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Um secreto e negro lado!




São mistérios e segredos,
que crescem na escuridão,
como as flores dos vinhedos,
como o fogo  do dragão...

Mora em meu negro lado,
oculto, o meu bravo guerreiro,
o amor, que está sempre acordado,
e um  anjo que tem o teu cheiro

Nascem em meu negro lado,
rosas vermelhas e espinhos
o amor que eu tenho guardado,
entre segredos e vinhos.

Um secreto e negro lado,
sem estrelas e sem lua,
é um lado inexplorado,
entre a minha alma, e a tua.

domingo, 19 de novembro de 2017

Notícias de mim!


Eu mando notícias de mim, tão só,
nesta manhã chuvosa de domingo.
A chuva triste cai,  e em cada pingo,
eu vejo o doce  olhar da minha avó...

Eu sinto saudade de quem fui, de quem eu sou,
porque eu  estou de mim, tão afastada,
eu me perdi em você, nesta jornada,
e você partiu de mim, e não voltou...

Nos vidros embaçados da vidraça,
eu vejo o teu lindo sorriso refletido,
eu sinto, em mim, um desejo que não passa,
eu ouço, ainda, a tua voz em meu ouvido.

O vento fala de você,  e movimenta
as bandeiras e as plantas do jardim.
O vento passa e ele traz você para mim,
e  me engana com as histórias que ele inventa.

Eu mando notícias de mim, neste momento
tão intangível e presa na fotografia.
meus olhos tristes, sob a chuva fria,
é um recado de amor, e um lamento...

PS: Eu estou na cama, olhando a chuva que cai pela janela. As árvores parecem exaustas e felizes, como uma mulher depois do amor. A chuva é linda, mas ela também traz um toque de tristeza, enquanto ela faz germinar as sementes. Assim é a vida, mesclando tudo, misturando  aquilo que é bom com o ruim, para nós escolhermos o que nós queremos.



Estendida no varal.


Eu estendo ao sol e às carícias do vento, 
a minha alma lavada pela chuva e perfumada com o cheiro das manhãs.
.Eu entrego a você, a minha alma limpa,
 inundada com a minha imensa alegria de viver. 
É para você que eu sorrio com tanto prazer,
 e para você que eu teço sonhos e eu construo mundos paralelos
. É para eu poder tocar em você com meus pensamentos e minha mãos,
 com meus desejos e minha boca,
 que eu escrevo palavras vivas, que pulsam no ritmo do meu coração.
 Já não posso mais separar algo que se fundiu,
por um capricho ou um descuido de Deus,
eu misturei a minha alma com a tua, definitivamente...

PS: Eu estou reciclando pensamentos hoje. Eu creio que foi a inundação causada por uma
monstruosa tempestade que atingiu a minha cidade hoje. Mas se a chuva molhou os meus tapetes e queimou o meu laptop, ela também despertou a loba que mora em mim. e a culpa não é minha.
 É tudo culpa da tempestade.... risos...

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Solidão!


Eu estou longe de você, na noite escura,
tão perdida em mar de sentimentos, 
meu coração pela noite te procura,
enquanto espalha  o meu amor aos quatro ventos.

Em meio ao fogo, sem você eu sinto frio,
sem você, nem mesmo a vida faz sentido,
às vezes acho que até mesmo deus mentiu,
quando disse o teu nome, em meu ouvido.

Caminhando entre as estrelas distraídas,
tão sozinhas,  somos eu e a imensidão,
eu vejo estrelas em teus olhos, refletidas,
eu sinto a dor da mais profunda solidão.

sábado, 11 de novembro de 2017

De tanto amor!


De tanto amor, eu renasço todo dia,
eu mordo junto, a serpente e a maçã,
eu atravesso essa ponte que se cria,
quando eu desejo o teu amor, toda manhã...

De tanto amor, eu me deito em tua cama,
eu deslizo como a cobra, em tua pele,
com a fé e a esperança de quem ama,
com o desejo e a paixão que me impele..

De tanto amor, a noite escura virou dia,
o teu rosto invadiu o meu pensamento,
eu transbordei como a fonte de alegria,
e eu cruzei tuas fronteiras, como o vento...

E foi assim, coroada pelo amor,
que eu caminhei sempre em tua direção,
que eu escrevi um poema, em teu louvor,
nas estrelas, e nas nuvens que se vão...


PS: 

sábado, 4 de novembro de 2017

Paixão!


É a mão que me toca e provoca o arrepio,
fervendo o sangue que corre em minhas  veias,
é o beijo que me queima, e acende o pavio,
é a magia do canto na voz de  uma sereia.

São  teus olhos profundos rompendo as barreiras,
invadindo o meu corpo, como a inundação,
é o olhar que atravessa a minha alma inteira
é um anjo sem armas, vencendo o dragão.

São meus loucos desejos que vem com as carícias,
são  os ventos  tão  fortes, como um furacão,
são as minhas verdades,  quase   fictícias,
é meu corpo queimando como o sol do verão.

São tão  poderosas essas minhas  sensações,
que o texto não explica, e nem pode explicar,
são  pontes que interligam os nossos corações,
 é esta louca paixão que flutua pelo ar...

PS: 




quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Radiante, feliz, fascinada...


A chuva chegou, de repente,
encobrindo o meu céu com a neblina,
e sorrindo eu danço contente,
nas delícias desta chuva fina.

Sobre as pedras molhadas da rua,
relembrando os teus olhos profundos,
como os anjos, eu caminho nua,
pelas ruas molhadas do mundo...

E nas asas da imaginação,
contemplando a paisagem molhada,
eu nem sinto os meus pés no chão,
transbordando, feliz, fascinada...

É uma chuva tão fresca e feliz,
radiante como a primavera,
é uma chuva que faz, por um triz,
renascer a menina que eu era.