quinta-feira, 31 de maio de 2018

A mulher que carrega o gato!




Talvez eu seja um anjo de candura,
ou a mulher que carrega o gato,
talvez eu seja a paz  que adoça e cura,
ou eu seja o desencanto, o desacato.

Se no horizonte eu só vejo a vastidão,
um imenso vazio, impreenchível,
em meu corpo, eu sinto a tua mão,
na carícia de um toque invisível...

Confiante, eu ando sobre o muro,
eu piso firme sobre o fio da navalha,
e quando eu vejo o teu rosto no escuro,
o meu desejo, como o fogo, se espalha...

Por onde eu ando eu piso sobre espinho,
talvez a dor seja o que há, de fato,
mas eu persisto, eu faço o meu caminho,
por mais que ele me pareça insensato..


PS: A noite está incrível, linda, com uma imensa lua cheia passeando pelo céu, escoltado 
por um exército de estrelas. Aproveite! Siga a lua e o seu refulgente exército, e você poderá me encontrar, então. Eu sempre deixo estrelas, por onde eu passo, para que você possa seguir o meu rastro.

quinta-feira, 24 de maio de 2018

Noite!




Um pouco de silêncio, um pouco de tristeza,
um céu cheio de estrelas, nenhuma luz acesa.
Uma mulher dormindo na grama do jardim,
e uma brisa fresca,  com cheiro de jasmim...
A noite traz em si, o encanto  absoluto,
e toca aquela música, que apenas eu escuto.
A noite é um  cenário de amor, quase perfeito,
é um negro lençol, da cama onde eu me deito. 
A noite é um universo, imenso e obscuro,
é onde eu te perdi, é onde eu te procuro...

PS

terça-feira, 15 de maio de 2018

Alternância!




Às vezes sou calada, eu sou espera,
outras vezes sou o rugido da fera.

Às vezes, o meu corpo se incendeia,
mas às vezes eu sou fria como a areia...

Às vezes eu luto, eu choro eu grito,
porque o que sinto não cabe no infinito.

Há momentos, em que tudo é solidão,
há momentos em que  eu sou a multidão.

Às vezes eu sou árvore, em outras, semente,
mas eu sempre sou floresta, simplesmente...

Às vezes  eu sou pedra, poeira, chão,
outras vezes infinito, imensidão...

São tantas criaturas que me habitam,
são tantos os sentimentos que  palpitam,
que às vezes eu sou fogo, eu sou paixão,
outras vezes, sou silêncio e solidão...

PS: 

quinta-feira, 10 de maio de 2018

Sonhos!





Os sonhos não tem regras, nem censura,
é a  maior expressão da liberdade,
é um espaço de encontro e de procura,
 onde o desejo é maior do que a vontade.

São os projetos da realidade,
são coloridos caminhos da libido.
é o terror e o prazer que nos invade,
e sonhando, o improvável faz sentido...

É um universo de pura sedução,
é onde o corpo expressa seus segredos,
onde o desejo é maior do que a razão,
onde o teu corpo se rende aos meus dedos...

É sonhando que eu te encontro em minha cama,
é sonhando que eu toco em tua pele,
é em meus sonhos, que você também me ama,
até a que dura realidade se revele...

Esta noite eu sonhei com você,
um sonho tão belo e tão ardente,
como o fogo que o meu corpo sente,
e o desejo que me faz tremer.

Com você eu cruzei o infinito,
a fronteira entre a vida e o sonho,
com o desejo secreto, que eu exponho,
com o amor que eu digo e eu repito.

sábado, 5 de maio de 2018

Noturno!




Em uma noite, absolutamente escura,
havia, ao longe, só uma luz acesa.
Eram os teus olhos a minha procura,
era a cura da minha tristeza.

Em uma noite, sem estrela ou lua,
Onde o silêncio absoluto impera,
Você me abraça e a solidão recua,
você me beija e já é primavera...

Em um noite de chuva, triste e  fria,
onde eu pensava não haver mais nada,
você me ama e faz nascer o dia,
e o sol nasce, em plena madrugada...

PS: Quando a noite chega, as aves noturnas saem para caçar, os lobos uivam, o mar se acalma, o vento sussurra, as estrelas vem se banhar na linha d'água, o meu amor cria asas e vai pousar, docemente, em tua mão. Quando a noite chega, o meu pensamento, tonto de amor,encontra o teu pensamento num jardim silencioso, e adormece ao teu lado, ouvindo o som do teu coração.


quarta-feira, 2 de maio de 2018

Devaneio!


O meu peito está deserto,
em um total abandono,
mas sinto você por perto,
em minha noites de sono.

Eu ando sozinha, à vezes,
por mundos desconhecidos,
buscando alguns prazeres,
em meus sonhos proibidos.

Guiada pela estrelas,
imersa em  total solidão,
pelas frestas da janela,
eu estendo a minha mão.

Talvez eu alcance o céu,
talvez eu toque em teu rosto,
talvez eu tire o meu véu,
talvez eu sinta o teu gosto.

O meu peito está deserto,
aberto para o infinito,
mas sinto você tão perto,
que até mesmo eu acredito...

PS: Amanhã será o meu aniversário, e eu acho que eu estou um pouco triste.