sábado, 11 de agosto de 2018

Essa fantástica e inexplicável sensação de felicidade



Nem sempre nós temos motivos para sorrir,
porque viver, às vezes, dói! E como dói!
Dói a nossa finitude,
dói a irreversibilidade do tempo,
doem  as palavras que nós não dizemos.
O tempo não volta e não
voltam as palavras que nós dizemos,
 quando nós deveríamos nos calar.
Mas dói, também, as palavras que nós não ousamos dizer,
 as palavras que nós não tivemos tempo para dizer.
Dói  quando nós perdermos a pessoa amada;
 dói, quando nós estamos longe da pessoa amada.
Dói,  também, a fome,
 a tua ausência,
 a injustiça,
a morte do mocinho na novela.
Mas se há tanta dor no ato de viver,
porque nós nos agarramos à vida,  com tanto desespero?
Talvez, porque a vida seja essa pergunta sem resposta,
porque a vida seja esta delirante mistura de dor e de prazer.
Talvez seja,  porque a vida se nutre de esperanças;
 talvez seja porque a vida germina e floresce, mesmo das coisas mortas;
talvez seja, porque a vida tenha tantos sabores e perfumes,
talvez seja, porque a vida explode em tantas e maravilhosas sensações;
talvez seja porque um sorriso seja capaz de usurpar a luz do sol,
 e iluminar e ganhar tanto valor e significado;
talvez seja porque nós renascemos, todos os dias, a cada manhã.
Talvez seja porque a vida inunda e ela transborda, quando nós amamos;
talvez seja porque você existe, e porque você me faz sentir, 
esta fantástica e inexplicável  sensação de felicidade.
Talvez a minha vida tenha tanto valor,
porque eu compartilho, com você, a minha vida.


PS: Noite fria, uma fresca noite tropical, com um céu cheio de estrelas. Aqui estamos nós, compartilhando essa incrível sensação de felicidade. 

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