Sou lagarta e borboleta,
sou tudo aquilo que resta,
sou a rua e a sarjeta,
a pompa e o lixo da festa.
Sou o ar e a asfixia,
o oxigênio que falta,
sou dor que nada alivia,
o último assunto da pauta.
Não tenho corpo, nem alma,
ateia, não tenho fé,
nada no mundo me acalma,
nem cigarro, nem café.
Não sou velha, nem criança,
sem limite, sem fronteira,
nada no mundo me alcança,
nem há alguém quem me queira.
Quem não me encontrou ainda,
é alguém de muita sorte,
sou o medo que nunca finda,
a mensageira da morte.
PS: Eu confesso! Às vezes eu posso ser muito malvada. As pessoas românticas e doces podem ser muito plásticas e adquirir vária formas. Em tempos de pandemia, no reino do humor negro,
a mensageira da morte pode ter muito trabalho. Arrumei um emprego novo! ...muitos risos...
a mensageira da morte pode ter muito trabalho. Arrumei um emprego novo! ...muitos risos...

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