Tristeza no dia escuro,
na chuva fria que passa,
nenhum lugar é seguro,
nada tem gosto ou tem graça...
A chuva cai no telhado,
lavando as pedras da rua,
tocando em meu corpo molhado,
beijando a minha pele nua.
A névoa, um etéreo véu
cobrindo as faces do dia,
esconde o azul do céu,
sufoca a minha alegria.
A chuva e sua tristeza,
me faz andar no vazio,
há uma espécie de beleza,
no cinza de um dia frio.
O vento canta na chuva,
e enquanto a chuva dança,
eu descalço a mão da luva,
e a encho de esperança.
A chuva escorrendo no vidro,
a vida virando fumaça,
meus olhos buscando um sentido,
na chuva que cai na vidraça...
PS: O dia está muito escuro e chuvoso, e eu estou feliz pelo fato de chover, mas a chuva fria não me dá aquela alegria das chuvas de verão, quando eu sinto vontade de dançar e tomar banho na chuva. Rindo, eu confesso que eu tenho até um certo talento para a tristeza, ainda que eu seja portadora de uma imortal alegria de viver.

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