Eu escrevo desde pequenina. A palavra sempre foi o meu escudo e a minha arma, a minha trincheira e o meu abrigo. Escrevo como quem respira, sem preocupação ou compromisso com a estética ou a gramática. São rastros da minha passagem pelo mundo,vestígios da minha alma. Mente e coração livres, leves e soltos no ar. Mulher com asas para superar limites, com garras para defender suas idéias, seu lugar no mundo.
sábado, 31 de julho de 2010
sexta-feira, 30 de julho de 2010
CARINHO
(aquilo que sempre me trouxe),
Essa força de leão,
Esse sorriso tão doce...
Será que me emprestaria,
caso não me queira dar,
essa expressão de alegria
que eu não canso de olhar?
Será que não me daria,
Por um momento, um segundo,
O seu abraço gostoso,
O seu amor mais profundo?
Será que me adoçaria,
Com um pouquinho de mel
e me levaria passear
no infinito do céu?
Será que se deitaria
Numa cama de estrelas
E ficaria ao meu lado
Simplesmente para vê-las?
Será que aceitaria
Um tesouro de carinho?
Em troca eu só pediria
Muitos beijos e um chopinho...
FELICIDADE
Felicidade:
Um pouco de silêncio,
Um filho te chamando mamãe
Uma tarde de sol
Uma comida gostosa
Um vaso de flor
Um amor
Um passeio de bondinho
Um carinho
Roupa de bebê
Esperar bebê
Ser gostada
Ser querida
Estar bem vestida
Ir a piscina
Ver da piscina o sol se por
Andar na praia
Quebrar onda
Não ter vizinho enchendo o saco
Não ter cachorro latindo
Ter uma boa empregada
Ter um bom emprego
Não ter problema na justiça
Não ser injustiçado...
Um pouco de silêncio,
Um filho te chamando mamãe
Uma tarde de sol
Uma comida gostosa
Um vaso de flor
Um amor
Um passeio de bondinho
Um carinho
Roupa de bebê
Esperar bebê
Ser gostada
Ser querida
Estar bem vestida
Ir a piscina
Ver da piscina o sol se por
Andar na praia
Quebrar onda
Não ter vizinho enchendo o saco
Não ter cachorro latindo
Ter uma boa empregada
Ter um bom emprego
Não ter problema na justiça
Não ser injustiçado...
terça-feira, 13 de julho de 2010
Ave Maria, Senhora da tarde!
Ave Maria!
Senhora da tarde de olhar sismarento!
Uma porta se fecha pela mão do vento.
Atrás dela, fecham-se as porteiras e todas as janelas...
Ave Maria! Senhora da tarde tristonha que chora!
A chuva já cai, violenta agora.
Faisca o céu, estremece o trovão,
Quebra-se a árvore que vai para o chão...
Ave Maria! Senhora da noite que bate na porta...
Encolhida de medo estou quase morta.
A chuva parou! Num silêncio profundo,
Uma lua encantada abre as portas do mundo...
(escrito à luz de vela, numa tempestade em Louveira, na minha adolescência)
segunda-feira, 12 de julho de 2010
quinta-feira, 8 de julho de 2010
Minha mãos fabricam sonhos
Minhas mãos fabricam sonhos, quando tocam no teclado tecendo palavras, quando empunham o pincel imitando a arte, quando se agarram à vara de pesca buscando o peixe, quando acariam cultivando o amor. Minhas mãos, um pouco gastas pelo uso e pelo tempo, atuam na construção dos meus sonhos, dos meus desejos, das minhas conquistas. Minhas mãos conduziram meus filhos, plantaram árvores, orquídeas e temperos. Minhas mãos aplaudiram nos momentos de felicidade, contorceram-se nos momentos de dor, desfiaram as contas do rosário num pedido de socorro. Minhas mãos fizeram bolos de aniversário, clicaram fotos, abençoaram, amaldiçoaram. Essas mãos que me conectam, me fazem capaz, me apoiam e impulsionam, ficam abertas, espalmadas, defensivas, num gesto inútil de repúdio à violência.
terça-feira, 6 de julho de 2010
Meu pensamento, minha centelha divina, ave encantada, imaterial e livre voa...Enquanto eu, cumpro deveres, paro diante de limites, enquanto eu, alquimista de emoções, transformo em força a minha dor e meu amor em luz difusa, meu pensamento voa alto, sem culpa, sem dor e pousa, suave, em sua mão. Meu pensamento não pede recompensas, não se corrompe, nem pede licença. Meu pensamento intercepta o seu, em pleno voo e pousa junto, entrelaçado, num ponto luminoso do universo. Meu pensamento é força indomável, constrói o indestrutível, plasma o que virá e reconstrói o que já foi... Meu pensamento divide e multiplica as pequenas e grandes sensações - alegria, dor, amor profundo... Meu pensamento, ave encantada, imaterial, livre, pura luz, cruza os nossos limites e pousa suave no centro do seu coração...(escrito no Hotel Jaraguá em Sampa)
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