terça-feira, 30 de outubro de 2012

Eventos extremos


Você passou em minha vida como um tornado, 
um terremoto, um furacão. 
Nada ficou no lugar, depois que você passou,
 nem o sol, nem o céu, nem meu coração. 
A tua cidade e a minha cruzaram os continentes,
 juntaram os seus jardins e se tornaram vizinhas.
 Hoje, as manhãs nascem  sempre frescas e douradas, 
 e o sol se deita em horizontes incendiados, todos os dias.
A lua cheia decidiu morar no céu, permanentemente.
 Não quer mais ir embora. 
Todos os dias eu acordo e mergulho em teu sorriso. 
O mundo acabou, como ele era!
 Mas, com você, eu tenho tudo aquilo que eu preciso.

Por do sol e você


Por do sol no Rio Tapajós.
Nesta foto, o sol  confessou que é um estrela... 

Se o por sol do Rio Negro incendeia as suas águas, 
num dramático  e sangrento espetáculo de paixão,
no Rio Tapajós, de águas cristalinas e  azuis,
 o sol se queima num mar de fogo no horizonte, mas, docemente, delicadamente,
o sol presenteia as águas do  rio, com um  rico e dourado véu.
Em cada  rio em que eu navego,
rios  vivos e com distintas personalidades,
eu redescubro o teu amor, diluído  nas águas,
e incendiando o horizonte,
a cada por de sol.
Nenhum por de sol seria belo, se não existisse você!

Por de sol no Rio Negro

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Rebelde



Nada e ninguém será capaz de me prender
a um leito triste e frio de hospital.
Silenciosa, a minha alma rebelada,
sai do meu corpo e vai para o quintal.
E, alegremente, ela canta com os passarinhos
e mesmo ferindo os dedos nos espinhos,
e ela enche de flores e de frutos, o avental.
E ela ri de alegria sob a luz do sol,
ela crava os dentes no fruto maduro,
e o teu sorriso torna-se um farol,
o seu destino e o seu porto  mais seguro.
E com as poderosas asas do amor,
ela voa, serena e livre sobre o mundo,
ela vence as tormentas e  o espaço,
ela envolve você, num longo e sensual abraço,
ela te ama, sem dúvidas, sem medo e sem pudor.


sexta-feira, 26 de outubro de 2012

O Rio Tapajós e o meu coração

O Rio Tapajós corre em minhas veias, com as suas azuis e cristalinas águas.
Como o meu coração, às vezes corre sereno e teimoso, rumo ao mar.
Sem aviso prévio, de repente eles ficam revoltos, o meu coração e o rio.
Pobres "voadeiras" que enfrentam o dragão das ondas do rio,
Pobre coração que enfrenta as tormentas do amor.
Mas o rio volta à calma,
Eu volto para você!

Perdida num mar de azul







A minha alma e a tua flutuam no Rio Tapajós,
e no silêncio do rio, eu escuto a tua voz.
Perdidos em tantas cores,
em intensa claridade,
eu saboreio os teu amores,
e sinto o gosto da saudade.
Num mar de águas azuis, 
eu já não sei quem eu sou,
mas o meu coração intui
e é para você que eu vou...

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Misturados





Os rios que correm em minhas veias,
 desaguam, cantando, no vasto mar do teu sorriso.
Os rios caudalosos da minha alma corroem as margem, arrancam pedaços dos meus sonhos, 
dos meus desejos e depositam, gentilmente, 
nas praias brancas e macias da tua alma.
 É assim que rios do tempo misturam, caprichosamente, você  e eu.

domingo, 14 de outubro de 2012

Sementes de mim

Esta árvore é minha confidente. Ela sabe muito sobre mim, porque ela me viu crescer.
Eu semeio a minha alma por onde eu  passo, como quem semeia árvores e flores. 
As minhas palavras carregam as sementes de mim, 
as sementes de quem eu sou.
Talvez as minhas teóricas sementes germinem, realmente,  em você.
Talvez amanhã, você acorde cheio dos risos e das flores de mim.
Talvez a minha alma brote no chão da tua alma
e aconteça uma árvore carregada de doces frutos, no verão.
Talvez as minhas palavras produzam asas
  e você voe no céu 
da minha boca.
Talvez as minhas palavras cantem para você
e você venha  pousar na árvore do meu desejo.
Talvez as minhas sementes façam alamedas e jardins, 
onde a minha alma e a tua caminhem, lado a lado, 
 e inocentes e nuas, elas tomem de banho na fonte,
 em noites de lua.
Talvez, as sementes de mim produzam uma frondosa  e bela árvore,
onde os pássaros venham descansar do longo voo da migração,
onde você venha me encontrar e descansar das dores e do peso do mundo,
 com a tua cabeça pousada no meu colo.






sábado, 13 de outubro de 2012

Dúvida





Eu não sei se é inferno ou  paraíso,
o avassalador desejo que me invade.
Meu coração vacila, indeciso,
sem decidir se é dor ou é felicidade.

Sem saber de onde vem o turbilhão,
uma  furiosa torrente atravessa
todo os limites e domínios da razão,
e inunda o coração, sem pressa...

Eu não sei se é sonho ou   é realidade,
se o que separa um do outro é uma linha.
Mas  o que eu sinto  é uma total felicidade,
quando a tua boca, de repente, beija a minha...



sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Quando chove

O meu coração nasce de novo, quando chove!
Então eu piso a minha  imagem refletida,
e a minha própria finitude me comove,
e eu sinto a chuva levando a minha vida.

E cada gota que escorre em minha face,
traz com ela o teu gosto em minha boca,
como se a chuva docemente me molhasse,
e tirasse, lentamente, a minha roupa.

E enquanto lava as faces da paisagem
e inunda a minha alma de paixão
a chuva abre, de repente a sua bagagem 
e espalha o teu sorriso pelo chão...

E se a chuva vai comigo aonde eu for
 e se a chuva germina a semente,
ela  também faz crescer o nosso amor
e eu digo à chuva que eu te amo, simplesmente!
                      

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Batalha

Quanto mais eu me afasto,
 mais eu me aproximo, 
mais eu te encontro em cada novo porto,
 mais eu te amo em cada nova estrada.
Quanto mais eu fujo mais eu fico presa nessa fina teia do teu doce abraço.
Quanto mais eu luto mais  eu me rendo ao sutil encanto deste  louco amor.
Eu já me perdi na dimensão de tempo,
 eu já não sei  dizer se foi um minuto ou  foi uma eternidade.
Eu já não sei dizer  se é de prazer ou dor que  se constrói o amor.
Eu só sei dizer  que o amor que  sinto, 
nasceu comigo, 
mas  revelou-se
 quando um raio rasgou  o meu céu,
quando as estrelas cobriram o meu chão,
quando o teu sorriso iluminou os meus olhos
quando a tua mão tocou a minha mão...

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Chuva de primavera!

Eu  e  o me u vestido que tomou chuva. 




Caiu uma chuva inesperada.
Uma fresca e vibrante chuva de primavera! 
Eu atravessei a praça com o meu vestido florido,
 colado ao corpo,
 porque a chuva veio sem avisar e me molhou, sem dó.
 E eu ri, com a mais genuína e indescritível alegria. Embora eu tenha sentido frio, 
as flores do meu vestido ficaram mais viçosas, 
porque, afinal é primavera, 
e as flores são as donas da estação.
 Mas, a minha alma sonhadora,
 ficou ainda mais linda, depois de ser  lavada com as águas da chuva. 

Fazendo graça!



Brincando com raios de sol, como se  eu fosse menina,
eu faço café na cozinha e a luz do sol me fascina...
Eu penso, por um momento, mas eu não tenho muita fé.
Se eu pusesse a luz do sol,  na caneca de café,
eu ficaria dourada, eu seria mais feliz?
Eu não sei! 
O sol não responde e a ciência nada diz.
Mas eu  tenho as minhas certezas,
porque eu cultivo as belezas,
das coisas que ninguém vê:
se eu estou iluminada,
(eu posso estar enganada),
mas eu ilumino você.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Dormindo ao luar

.
Quieta e serena, com o poder da doçura
 a lua arrasta as marés,
desperta os dragões adormecidos  e
desafia a noite escura.
 A lua desperta a minha alma, 
acelera o coração 
e  ela me arrasta para você.
Quando eu me olho, eu estou nua, 
quando eu  me vejo eu sou tua 
e te amo em lençóis de luar.
Com a pele tatuada com  a luz que se insinua 
pelo jardim perfumado, 
serena, eu me  deito ao teu lado,
e eu durmo olhando teus olhos, iluminados de lua..
.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Palavras


Eu escrevo desde menininha.
A palavra sempre foi o meu refúgio e a minha arma.
Mas eu só posso descrever o que eu sinto em minha pele, 
porque o que eu sinto em  minha alma eu não posso descrever com palavras.
Quando eu estou feliz, eu não preciso dizer nada, porque tudo  em mim ri. 
Quando eu estou com saudade  eu fico assim, imersa num intraduzível e  morno sentimento,
 que deveria ser apenas uma palavra da língua portuguesa, 
mas que dói com uma dor que se expressa em todos os idiomas. 
Quando eu fico triste, nenhuma palavra pode expressar a minha tristeza.
 A minha alma sobe na mais alta árvore da floresta, para fugir da dor,
como eu fazia quando era menina.
Mas quando eu escrevo,
eu não quero escrever palavras que sejam lidas, apenas. 
Eu quero que as minhas palavras, cortem, rasguem, causem arrepios  na pele, 
Eu quero que a fúria das minhas palavras
invadam o corpo e a alma, com o calor intenso do verão tropical.
 Eu quero que as palavras que eu digo despertem emoção e acordem os sentidos. 
Eu desejo que a brisa do meu hálito sopre em tua boca,  
eu quero que os infinitos dedos dos meus pensamentos deslizem pela tua mente
 e provoque eventos extremos.
 Eu não quero ser apenas um texto.
 Eu quero ser uma mulher.
Uma mulher amada. 

domingo, 7 de outubro de 2012

Doce tormento


Eu sei que a esperança ainda está acesa,
debaixo das cinzas deste longo dia,
porque se hoje  eu estou coberta de tristeza,
me escondendo ou vestindo fantasia,
amanhã eu estarei iluminada
e eu acordarei você com  risos de alegria.
E eu beijarei a tua boca, fascinada,
e  eu falarei de amor e poesia,
e eu correi cantando, pela estrada,
as canções do meu tempo de menina.
E eu descobrirei, ao fim desta jornada,
que este feroz amor que me domina,
que me acorda em plena madrugada,
que me fala  das coisas que você não diz,
 ele me faz sentir inexplicavelmente amada:
 é um  doce tormento que me faz feliz!


sábado, 6 de outubro de 2012

Desejo!

Não é um rio calmo e manso de planície
É um rio caudaloso que rasga a imensidão,
é lava incandescente que vem à superfície,
é chama que me queima e ofusca a visão.

É um vulcão contido, que explode e se liberta
é a onda gigante que chega e que me inunda,
é a corda da forca que estica e que aperta,
e a pedra na água que rola e que afunda...

É algo  poderoso que me rouba a identidade
Que me torna tão pequena no voo do teu beijo
Que eu chamo de amor ou até mesmo de saudade,
mas a minha alma chama de paixão e o meu corpo chama  de desejo...

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Falcão


Uma imponderável  ave peregrina
pousou, inexplicavelmente, em minha mão,
e com as garras de ave de rapina,
ela rasgou o meu peito e  roubou meu coração.

Ave que veio do meus sonhos de menina,
com asas poderosas e olhos de falcão,
que fez seu ninho, em minha alma feminina,
e me levou ao céu intenso da paixão...

Ave que voa no céu da minha boca,
que flutua no céu da minha mente,
eu sou guiada pela tua voz rouca,
porque sou tua e te amo, simplesmente...






segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Frágil!




A vida é tão frágil e preciosa!
Não é nada além de uma brisa.
É tão efêmera e tão poderosa,
é uma fina teia que me imobiliza...

A vida passa e leva a vida com ela.
E nós nada levamos desta vida. 
E entretanto a vida é tão bela, 
Tão sedutora que chega a ser lasciva

Nesta jornada tão curta e tão intensa, 
Eu encontrei você e a felicidade. 
E a curta estrada se tornou imensa, 
e juntos nos levou, rumo a eternidade...