sexta-feira, 30 de março de 2018

Quando o amor acontece!




Há coisas que  nos seduzem,
e não podem ser medidas,
são detalhes que traduzem,
toda a beleza da vida.

Largos e doces sorrisos,
colorindo os horizontes,
passos soando, imprecisos,
água jorrando das fontes...

Solidão sem sobressalto,
 largos portões para o dia,
o tempo passando em um salto,
nossa pele que arrepia...

Todo o calor de um abraço,
o cheiro e o frescor da hortelã,
paixão em tudo o que eu faço,
na cama, em toda a manhã.

O meu coração enlouquece,
e transborda de alegria,
quando o amor acontece,
tudo o que fica, é  magia...



PS: Neste linda noite de lua cheia, tudo aquilo que eu mais desejo, é a tua presença. Atravesse a
tela e venha me abraçar.

quarta-feira, 28 de março de 2018

Pontos de vista!






Teimosa, eu não fugo da luta,
muito embora a vida resista,
eu me entrego ao calor da disputa,
pelo doce sabor da conquista.

Atrevida e também feminina,
eu carrego o mundo nas mãos,
com a alegria de uma menina,
com o fogo e a luz da paixão.

Sonhadora, eu vivo os dilemas,
dos confrontos com a realidade,
mesmo assim eu escrevo poemas,
sobre as linhas da felicidade.



PS: A noite está quente, perfumada e um batalhão de estrelas estão fazendo a minha escolta no jardim. Atravesse a tela e venha ser feliz comigo!

quarta-feira, 21 de março de 2018

Um poético clichê!

Serenidade!
A chuva cai e inunda as ruas da cidade.
A música hipnótica seduz e me atrai,
e enquanto eu canto e eu danço, a chuva cai.

A minha mente inquieta, atravessa  o hemisfério,
o meu rosto sorri, mas meu desejo é sério.
Eu quero ter você, na chuva ou na neve.
Eu sei que eu não devo, mas meu amor se atreve.

Eu quero conhecer a neve com você,
e eu sigo revivendo imagens de clichê:
uma grande janela, uma lareira acesa, 
o cheiro da resina, o céu com sua beleza,
o estalo da lenha, uma taça vinho,
o gosto da tua boca, um gesto de carinho.
Um pouco de silêncio, a neve nas janelas,
teu rosto sorridente, amor à luz de velas,
O cheiro do teu corpo, o cheiro do jasmim,
o calor do teu sexo, um incêndio sem fim...
E tudo se completa, neste momento lindo,
quanto eu fecho os meus olhos, e te vejo sorrindo.



PS: Eu estou rindo, porque eu estou certa que amanhã eu irei corar de vergonha,
deste péssimo poema, mas a ideia é muito boa.

domingo, 18 de março de 2018

Espirais!





Um velho, nas ruínas da sua moradia,
escuta uma canção feliz do seu passado,
relembra o que foi bom, as velhas alegrias,
mesmo sem ter um pão, num campo arrasado.

São longos esses  dias, sob o fogo e a fúria,
sem água e proteção, abrigo ou alimento,
 tormento misturando o medo e a penúria,
do ataque impiedoso, massivo e truculento.

Ainda assim na Syria,  sem medo do futuro,
uma criança brinca,  outra crinça nasce,
o amor pode crescer  em um abrigo escuro,
com um grito de dor ou um riso na face.

Que linda é a vida, em suas espirais,
tão frágil e tão dura, tão curta e tão intensa,
ela nos faz sentir que somos imortais,
até que a morte chegue, e então ela nos vença.

PS I miss you!



sexta-feira, 16 de março de 2018

O teu cheiro em minhas mãos



Nós paramos o tempo, e de repente,
eu contemplo o teu rosto e o acaricio,
 e o teu corpo me atrai, tão belo e quente,
e o desejo transborda, como um rio.

Eu procuro fugir, mas sempre em vão,
desta fúria que ruge no meu peito,
e eu sinto o cheiro em minha mão,
do teu corpo exausto  e satisfeito...

São momentos  que eu vivo realmente,
neste nosso romance imaginário,
a paixão é quem move a minha mente,
e define este o nosso itinerário...

Não importa a saudade que ficou,
e nem mesmo a esperança que morreu
você é o melhor do que eu sou,
e o melhor de você,  posso ser eu....


PS:

quarta-feira, 7 de março de 2018

Para onde irá correr o rio?


 Para onde irá correr o rio,
se a minha mão tocar a tua,
se a luz dos nossos olhos se encontrarem,
se eu sorrir para você, à luz da lua?

Para onde irá correr o rio,
se eu chegar, com a força das marés,
se eu incendiar o teu olhar, tão frio,
se eu beijar a planta dos teus pés?

Para onde irá correr o rio,
se eu sussurrar  palavras de amor,
se eu provocar desejo e arrepio,
com um beijo e um abraço sedutor.

Para onde irá correr o rio,
esse rio que corre em meu peito,
que provoca calor e calafrio,
e eu não consigo definir direito?

Talvez ele desague, no céu da tua boca,
talvez ele salte, caindo no vazio;
talvez você me diga, com a tua voz rouca,
e eu descubra para onde  segue o rio...


domingo, 4 de março de 2018

Ritual



Como se fosse um religioso ritual,
eu me visto na frente do espelho,
com salto alto e um vestido sensual,
eu pinto a boca com o meu batom vermelho.

Como uma mulher que se assume,
com a majestade da deusa que me habita,
eu me unjo com três gotas de perfume,
a pele queima, a alma vibra, o coração grita...

Tudo o que eu quero é parecer bonita,
nesse romance absurdo e  virtual,
porque eu sou uma mulher que acredita,
que esse amor seja eterno e imortal.

Nesta festa imaginária dos sentidos,
onde eu danço com você, na escuridão,
 a tua voz rouca sussurra em meus ouvidos,
e o meu corpo se entrega em tuas mãos.

Depois da festa, eu tiro o meu vestido,
como quem tira uma pesada fantasia,
com displicência e um desejo proibido,
eu tiro a roupa, mas eu visto a poesia.

PS: 

sábado, 3 de março de 2018

Lua!




Lua no céu,
Lua no jardim,
Lua na memória,
e a saudade sem  fim...

A Lua foi embora,
como todo animal,
mas para mim, agora,
a Lua é imortal.

PS: Talvez você não me entenda, porque eu falo português; talvez
você não me entenda, porque que eu falo de amor. Hoje eu estou falando
de um dos meus amores: eu estou me lembrando da minha cachorra, a Lua.
Ela morreu!

quinta-feira, 1 de março de 2018

Amor sozinho!



Planície de altitude, ar rarefeito!
Uma águia voa alto e sobre tudo, 
 o vento frio corta e rasga o meu peito,
 o riacho congela, e fica mudo.

Nas montanhas nevadas, ao luar,
o uivo do lobo representa a dor que eu sinto
e a lua cheia  pairando sobre o mar,
desafia os  dragões do meu instinto.

Despertando esse vulcão extinto,
derramando luz e fogo sobre a neve,
o meu amor percorre  um longo labirinto,
onde eu te encontro em um momento breve.

Calor do fogo, bate o coração,
a minha pele arrepia de desejo,
neste momento, tão raro, de paixão
em teu abraço eu me aqueço e me protejo.

Nem mesmo a lua cheia se atreve,
até estrelas desviam seu caminho,
quando o desejo e a tua mão escreve,
a trajetória deste amor sozinho.


PS: É verão, calor de vulcão, mas há neve em meus pensamentos.