Eu escrevo desde pequenina. A palavra sempre foi o meu escudo e a minha arma, a minha trincheira e o meu abrigo. Escrevo como quem respira, sem preocupação ou compromisso com a estética ou a gramática. São rastros da minha passagem pelo mundo,vestígios da minha alma. Mente e coração livres, leves e soltos no ar. Mulher com asas para superar limites, com garras para defender suas idéias, seu lugar no mundo.
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
Dor
Quando a dor é tão grande e tão intensa,
que me sufoca, me machuca e paralisa,
eu mergulho nessa dor imensa,
eu me torno um furacão, não uma brisa...
Eu quebro os vidros das janelas da cidade,
ao ver o meu rosto refletido no espelho.
Eu não me rendo, mas a dor me invade
e eu me queimo como um sol vermelho.
Multiplicado pelos gotas na vidraça,
teu olhar triste, tantas vezes replicado,
ele ilumina o meu olhar - e a dor passa,
ele provoca o meu sorriso iluminado.
Multiplicado pelos gotas na vidraça,
teu olhar triste, tantas vezes replicado,
ele ilumina o meu olhar - e a dor passa,
ele provoca o meu sorriso iluminado.
Se o teu olhar triste cura a minha dor,
se o teu sorriso é a minha anestesia,
eu procuro por você, seja onde for,
mesmo que seja na minha fantasia...
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
Rio dourado
Eu amo você com um amor tão inocente,
que se transforma, de repente, em um vulcão.
Ele explode em fogo e luz e, simplesmente,
muda o mundo e muda a minha direção.
Todo amor, contido e represado,
jorra pelas frestas do meu coração,
e o rio, antes azul, torna-se dourado,
e o fogo e a luz escorrem pelo chão...
e o fogo e a luz escorrem pelo chão...
Por muito mais que você se esconda,
e você fuja desse mar de sentimento,
o meu amor se elevará, em ondas,
e chegará até você, com o vento...
e chegará até você, com o vento...
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
FELIZ NATAL!
Para você, que compartilhou comigo todos os sabores da vida,
para você que, ao meu lado, transformou os ingredientes disponíveis,
em alimento para o corpo e para a alma.
Para você que compartilhou comigo a pimenta,
o doce e o amargo, sem fazer careta,
e fez comigo, uma deliciosa e agridoce mistura.
Para você que riu de mim, para você que riu comigo,
para você que degustou a vida comigo, você que inventou mundos, ao meu lado e
deixou em minha boca, um gosto de eternidade.
Para você, que passou por mim e ficou.
mesmo indo embora.
eu desejo o mais feliz dos Natais!
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
Para você
Eu quero ser o vento e também a vela,
Eu quero ser a flor e a janela,
Eu quero ser a tua flecha e o teu arco.
Eu quero ser o lume e o lampião,
Eu quero ser o teu riso e a tua boca,
Eu quero ser a luz que rasga a escuridão,
as janelas coloridas da catedral barroca.
Eu quero ser a sedutora luz da lua,
infiltrada pelas frestas da tua janela,
o grande amor que o coração cultua,
a chama que arde no centro da capela.
Eu quero ser o eixo que sustenta o mundo,
a boca que te beija, a mão que acaricia,
o corpo que deseja, um amor largo e fundo,
e a luz do sol, que faz nascer o dia...
Eu quero ser o teu céu e o teu inferno,
o doce abraço que sufoca a solidão,
eu quero ser o teu momento eterno,
um infinito instante, na história da paixão...
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
Vento azul
Eu sou fascinada por todos os elementos da natureza e sempre atribuí
cores ao vento.
O que mais me toca, é o vento de Agosto, que eu chamava, quando menina,
de vento azul.
Por causa do tempo seco e muitas partículas suspensas no ar,
a paisagem ficava azulada.
Aquele vento me parecia um prenúncio de algo que eu nunca soube o que
era,
mas o meu coração batia mais forte.
É o vento azul que me toca,
é o vento azul que me sopra,
como uma vela branca no mar.
Um dia, sem prévio aviso, você chegou em minha vida,
tangido pelo vento azul da minha infância,.
O meu coração abriu-se, com as velas de um veleiro, e saiu flutuando,
pelo vasto mar do meu amor.
É o vento azul que me toca,
é o vento azul que me sopra,
como uma vela branca no mar.
Um dia, sem prévio aviso, você chegou em minha vida,
tangido pelo vento azul da minha infância,.
O meu coração abriu-se, com as velas de um veleiro, e saiu flutuando,
pelo vasto mar do meu amor.
domingo, 16 de dezembro de 2012
Porta dos Sonhos
![]() |
| Sonhando no parque em 16 dez 2012 |
Nem sempre o sol aparece,
nem sempre o vento sopra,
nem sempre eu estou feliz,
nem sempre eu estou triste.
Entre os altos e baixos,
entre as subidas e descidas das marés, seja empurrada pelo ventos ou paralisada pelas calmarias, seja transbordando de alegria ou sufocada de tristeza, eu sempre abro as largas portas dos meus sonhos e eu voo até onde está o sol, eu vou onde vai o vento. O vento que me faz voar, o sol que me ilumina nasce dentro de mim, quando eu olho em teus olhos.
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
Conflito
Os mundos onde eu habito,
os limites que eu não vejo,
alimentam o conflito
entre o poder e o desejo.
Se a minha alma, liberta,
alcança o teu olhar,
a razão sufoca, aperta,
e me obriga a retornar...
Dividida em mil pedaços,
enquanto eu sonho e eu espero
eu me fundo, em teu abraço,
dançando um lento bolero.
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
Amor de mil anos
Foram-se apagando as mensagens e os retratos,
os sonhos e as certezas, meus mundos abstratos.
Foram-se apagando as cartas e os poemas,
as frágeis esperanças, as certezas e os dilemas...
Foram-se apagando a luzes dos sorrisos,
o sentido das palavras, os projetos indecisos...
Foram-se apagando o sol e as estrelas,
e os olhos que fecharam, sem nunca conhecê-las.
Foram-se calando os sons das cachoeiras,
a voz dos passarinhos de florestas inteiras.
Foram-se calando as vozes da cidade,
e a voz tão clara e doce da tal felicidade...
Tudo foi se apagando, caindo no vazio,
foi sendo carregado
na corrente de um rio.
Quando mais nada havia nessa terra sem paixão
Ouviu-se, alto e claro, o som de um coração.
Meu coraçäo renasce, com poderes soberanos,
faz renascer, com o sol, um amor de mil anos..
Quem pode apagar um amor täo profundo
Que sempre sobrevive a tudo neste mundo?
Quem pode destruir o que se reconstrói,
este amor tão imenso que, às vezes, até dói...
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
Sem palavras!
Hoje eu estou tão triste!
Eu estou pedindo socorro às palavras,
mas elas também me abandonaram.
Talvez as minhas palavras tenham seguido você.
Talvez as minhas palavras tenham se perdido no caminho.
Eu quero de volta as minhas asas,
eu quero as palavras
que me salvam de mim,
que me salvam de mim,
as palavras que me protegem do mundo!
Eu quero de volta as palavras,
para eu poder voar sobre os abismos
e pousar,
para eu poder voar sobre os abismos
e pousar,
docemente, em tuas mãos...
Em mãos!
porque não posso entregar, em mãos, o meu coração pulsando;
porque eu não posso abraçar você como um náufrago,
eu não posso beijar você com a sede e a fome de quem te esperou uma vida inteira.
Só me resta trazer flores, se eu não posso amar você em ritmo de bolero,
se eu não posso sentir o teu gosto e o teu cheiro,
se eu não posso ouvir a tua voz rouca,
se eu não posso te falar com a minha voz doce.
Só ficam as flores, porque eu não posso sufocar você com beijos e risos,
porque eu não posso segurar a tua mão
ou passear pelo teu corpo numa viagem exploratória de altos riscos.
Eu trago flores e o meu apaixonado e infinito amor,
porque eu não posso fazer nada, além de sonhar e esperar...
Eu trago apenas flores...mas eu gostaria de entregar em mãos...risos...
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
Receita de mulher.
Desenhe,em uma tela imaginária,
com traços largos e livres,
um corpo com as curvas das montanhas,
um corpo com as curvas das montanhas,
a vastidão das planícies,
o mistério dos abismos e os sinuosos cursos d'água.
Coloque neste corpo, uma mente inquieta e criativa,
um temperamento vibrante e teimoso,
uma alma cheia de sonhos,
e os olhos cheios de estrelas.
Adicione uma pitada de timidez,
e uma paixão sem limite pela vida.
Faça o acabamento com um humor desconcertante,
um sorriso aberto e coloque tudo sob a luz da lua cheia.
Antes do nascer do sol você terá preparado uma bomba atômica,
ou uma mulher como eu ,
o que neste caso são sinônimos ... risos...
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
Contraponto
eu cultivo a doçura, em tempo de amargura.
Eu tenho fé, em tempo de descrença,
Eu me importo, em tempo de indiferença.
Eu procuro, quando tudo está perdido,
Eu sonho, em meio ao pesadelo,
Eu sorrio, para eu secar a lágrima,
Eu espero em pleno desespero.
Você traz luz, para as minhas sombras,
Você é fonte da minha doçura,
Você é mão que me mantém de pé,
Você é o sorriso que acaricia e cura.
Você é o sentimento que me faz melhor,
Você é a minha alegria preferida,
Eu vejo o céu, pelas íris dos teus olhos,
Você me vê, iluminando a tua vida.
Eu espero em pleno desespero.
Você traz luz, para as minhas sombras,
Você é fonte da minha doçura,
Você é mão que me mantém de pé,
Você é o sorriso que acaricia e cura.
Você é o sentimento que me faz melhor,
Você é a minha alegria preferida,
Eu vejo o céu, pelas íris dos teus olhos,
Você me vê, iluminando a tua vida.
Misturei a minha alma com a tua!
Eu misturei minha alma com a tua, definitivamente.
Eu juntei todas as minhas alegrias, a minha transbordante paixão,
e eu me derramei sobre o teu corpo, sobre a e a tua alma,
e eu já não sei mais onde estão as nossas fronteiras...
Eu aqueci meus desejos no calor da tua pele e obtive a mais rara essência,
um inimaginável perfume: o singular cheiro da paixão.
Para você, eu pendurei uma lua no céu, plantei um pé de jequitibá,
e eu soltei um peixe colorido nas águas da Amazônia.
Para você eu fiz brotar cachoeiras, eu forrei o chão de estrelas,
eu perfumei as manhãs com cheiro de hortelã.
Para você eu escrevi as mais lindas palavras de amor que eu aprendi,
eu exercitei todas as formas de carinho e eu fiz um ninho no topo de uma árvore.
Sem você eu não sei mais quem sou, nem para onde eu irei...
A minha alma misturou-se com a tua, definitivamente...
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Meu criador de poemas
Para Oscar Niemeyer:
Meu poeta do concreto,
da obra que voa e flutua,
onde pára, o traço reto,
mas a curva continua...
Criador de formas livres,
onde a linha se insinua,
e o sol dorme nos declives
abraçado com a lua...
Meu criador de poemas,
concretos, soltos no ar
hoje você é o meu tema,
e em curvas, eu vou chorar.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
Nó da forca
Eu coloquei a corda na minha garganta,
quando eu asssumi que eu sou humana,
que eu sou mulher e eu não sou santa.
O nó do julgamento, corre e me aperta,
A corda estica, ela fecha o nó e me sufoca,
Mas a fé na liberdade chega e me liberta..
E as minhas asas de mulher risonha,
que não recua diante do perigo,
Fazem voar essa mulher que sonha,
e se liberta nas palavras que eu digo.
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
Sonho de Natal
Eu escrevi num pedaço de papel,
o meu sonho, o meu pedido de Natal,
e invoquei até Papai Noel,
para o meu sonho se tornar real.
Eu pedi que a felicidade fosse,
compartilhada e dividida por igual,
e o amor que você me trouxe,
aparecesse pendurado no varal.
Eu pedi que um milagre pudesse acontecer
e você acreditasse, mesmo sendo ateu,
que esse amor, que é teu e meu,
pudesse ser nosso e nos prender...
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