domingo, 30 de junho de 2013

Um grande amor e o meu vestido de cetim


Não se constrói um grande  amor, com areia,
mas com ternuras,  com renúncias, com  perdão.
Um grande amor não é o canto da sereia,
nem se constrói  com fantasias e ilusão...

Um grande amor supera a tempestade,
reduz distâncias, e flutua sobre tudo.
É a bela  face  da nossa identidade,
ele a voz clara que nos torna mudos

Perdida em teu amor, eu me perdi de mim, 
E nós estamos,  assim, tão misturados,
Tem o teu cheiro, o meu vestido de cetim,
tem o meu cheiro e o meu sabor, o teu pecado...

Eu já não sei viver a vida sem você,
Você não sabe mais viver sem mim,
Eu sou a verdade que você não crê,
Mas  acredito neste amor sem fim...




Universo aberto das carícias...

É impossível  eu evitar a dor,
e as  quentes febres do meu pensamento,
mas eu prefiro, sim, falar de amor,
e escrever as palavras que eu invento.

Se a chuva escorre, triste na vidraça,
o meu pensamento voa livre, com o vento,
e ele se encontra com você, na praça,
e ele transforma as sensações deste momento...

O que era amargo, torna-se então doce,
a triste chuva se enche de magia,
e o sorriso que você me trouxe,
enche de sol este cinzento dia...

Com o toque mágico da minha mão,
eu crio sonhos, amores e delícias,
eu faço versos, afagos e até pão,
neste universo aberto das carícias...









quinta-feira, 27 de junho de 2013

Para onde irá correr o rio?

Para onde irá correr o rio,
se a minha mão puder  tocar a tua,
se o sol do meu olhar encontrar o teu,
se eu me deitar sob a luz da lua?
Para onde irá correr o rio,
se eu chegar, com a força das marés,
se eu incendiar o teu olhar tão frio
se eu beijar a planta dos teus pés?
Para onde irá fluir o rio,
se eu sussurrar  palavras de amor,
se eu provocar desejo e arrepio,
se eu te cobrir, como um cobertor?
Para onde irá correr o rio?
Esse rio que corre em meu peito,
que provoca calor e calafrio,
e eu não consigo definir direito?
Talvez ele deságue, no céu da tua boca,
talvez ele salte, caindo no vazio;
talvez você me diga, com a tua voz rouca,
para onde iremos nós, para onde irá  o rio...

terça-feira, 25 de junho de 2013

Lua cheia do Quirguistão

Sem que ninguém planejasse, aconteceu!
O meu  meu guerreiro abandonou a lua,
e a lua cheia  atingiu o perigeu...

Surgindo das montanhas, dourando a imensidão,
unindo em  só círculo, a minha alma e a tua,
a clara luz da lua  iluminou o Quirguistão.

Do alto das montanhas, nos gelos do Alaska,
os uivos de um  lobo e do meu coração,
acordam a tua alma, nas terras de Nebraska.

Sem que ninguém  soubesse como isto aconteceu,
sem nenhum prévio aviso, nenhuma explicação,
a lua, lá do céu, uniu  você e eu....




domingo, 23 de junho de 2013

Dilema!


No  eloquente silêncio das montanhas,
a luz da lua  doura a minha solidão.
Meu pensamento faz uma viagem estranha,
 e vai  para Nebraska, vindo do Afeganistão...

Eu vejo, do alto, os telhados de Paris,
a lua refletida num Rio Negro da Amazônia,
eu sonho coisas que eu nunca fiz,
porque o sonho faz  curar a minha insônia.

Eu passo ao lado do velho casario,
eu faço amor, com você,  no velho porto,
meu pensamento atravessa  sobre o rio,
e em teu corpo eu  navego, com conforto.

Nas praias brancas do meu paraíso,
eu vejo a vida e também o meu dilema:
eu posso largar tudo e  embarcar em teu sorriso,
ou  esquecer da vida, de você,  e ir ao cinema...

(Rindo, eu estou pensando nos deletérios efeitos de uma manhã chuvosa de domingo.
O mundo poderia passar bem sem  a minha poesia. ...risos....)

terça-feira, 18 de junho de 2013

A revolução do vinagre e a minha alma brasileira!

A esperança alça voo e ela  flutua,
como bandeira desfraldada ao vento,
quando um povo, indignado, vai à rua
num expressivo e poderoso movimento.

Não se maltrata um povo, impunemente,
Não se cala, para sempre, a sua voz.
Este país pertence a nossa gente,
É o forte elo que aglutina todos nós. 

A massa cidadã exige os seus direitos,
A massa vai à rua, contra a corrupção,
Se a democracia possui os seus defeitos,
o povo, rebelado, procura a perfeição.

Gigante indignado, como nunca se viu,
caminha pelas ruas, levanta a sua bandeira,
ressoa pelo mundo, a voz do meu Brasil,
desperta, finalmente, a alma brasileira!










domingo, 16 de junho de 2013

Porta retrato!




Eu não sei se existiu ou não,
se é real, enfim, se é um fato,
ou  se é apenas  a minha solidão,
aprisionada na moldura do retrato.

Minhas palavras se perdem no vazio,
você se cala, num silêncio eterno.
O vento sopra e eu sinto frio,
buscando o céu, eu me perdi no inferno.

Sem você, a minha vida é um deserto,
eu já não sei o que fazer, agora...
Você não está comigo, mas por certo,
 você ficou em mim, mesmo indo embora.


sábado, 15 de junho de 2013

Só com você!

Com quietas palavras eu fiz um oceano,
mas eu navego, no silêncio, em frágil barco.
Eu busco o teu amor neste universo insano,
como a seta sem destino, que partiu do arco...

Com alma de mulher, e sonhos de  menina.
eu brinco com a vida, nos versos coloridos.
Eu voo com você, como  águia peregrina,
no mágico  silêncio, no céu dos meus sentidos...

Eu não sei se você veio, um dia,  e foi embora,
Ou se você ainda fala, em meu ouvido.
Eu te amei antes e eu te amo agora:
só com você a vida faz sentido...

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Inviolável!


Nada do que consta em meu perfil,
será capaz de parar um  rio!
Por mais que o teu desejo seja intenso,
você nunca saberá o que eu penso...

O que me faz ser especial,
não é o que eu escrevo no mural!
É a minha inviolável alma, preservada,
e não o que eu penduro na sacada...

É o que eu não digo que me define,
e não o que eu exponho na vitrine.
Somente com amor e com respeito,
você verá o que eu guardo no peito!

Nada viola os meus segredos de mulher!
Você só pode ter de mim, o que eu te der...








quinta-feira, 6 de junho de 2013

Poeminha de amor


É assim que se expressa  o meu amor:
 vivo, intenso, e avassalador!
É assim que minha alma busca a tua:
 livre, linda, esplendorosamente nua...
Porque eu te amo, aqui estão escritas,
as palavras de amor que nunca foram ditas!
Está expressa e em movimento, a arte de amar,
arte de falar de amor, sem nunca ser vulgar...

terça-feira, 4 de junho de 2013

Um negro rio digerindo a noite!

O Rio Negro, poderoso e silencioso,
 é também um sinistro rio, que só perde o ar ameaçador,
quando ele reflete o céu, ou quando ele se mistura, amorosamente, com o temperamental Rio Solimões.
O Rio Negro parece uma imensa e negra serpente adormecida, digerindo a noite.
Quando ele desperta, no auge da cheia, ele espreguiça e ele sai do leito, e ele invade as margens
e ele engorda os igarapés e ele vem pedir o café na manhã, na casa dos ribeirinhos.
Sem paixão e sem raiva, lento e calmo, ele rasga, a sangue frio, o coração da Amazônia.
Rio Negro e assustador, ele vai deslizando para o seu destino, sem nenhuma pressa de chegar.
Ele segue, por sinuosos caminhos, rumo ao mar.
 Eu sigo as suas negras águas,  rumo ao meu amor!


Ele

Ele voa, ele paira e ele flutua,
Ele cruza, sem medo, a imensidão
Ele faz desenhos com a lua da lua,
E ele espalha  as estrelas pelo chão.

Ele ilumina a solidão do meu caminho,
 E ele voa com  as águias e os falcões,
Ele salta e ele mergulha com os golfinhos,
Como eu mergulho neste mar de sensações.

Ele tem garras, ele é ave de rapina,
Ele é soberano, belo e arrebatador,
Ele é o sentimento que me guia e me fascina,
Ele é você,  e você é o meu amor!

domingo, 2 de junho de 2013

Fim de história!


Nada é mais triste que um domingo de manhã,
com a chuva fria escorrendo na vidraça.
Eu busco o sol com desespero e afã,
mas a saudade me machuca e me trespassa.

Enquanto eu penso em você, a manhã finda,
e a neblina faz a dança da fumaça,
você chega e você  torna a vida linda,
você vai embora e a vida perde a graça.

Sopradas pelo vento frio do inverno,
as folhas secas da minha memória,
flutuam pelo ar, num movimento eterno,
e escrevem, no infinito, o fim da nossa história.