porque viver, às vezes, dói!
Dói a nossa finitude,
dói a irreversibilidade do tempo,
doem as palavras que nós nãomdizemos.
doem as palavras que nós nãomdizemos.
O tempo não volta e não
voltam as palavras que nós dizemos,
quando nós deveríamos nos calar.
voltam as palavras que nós dizemos,
quando nós deveríamos nos calar.
Mas dói, também, as palavras que nós não ousamos dizer,
as palavras que nós não tivemos tempo para dizer.
Dói quando nós perdermos a pessoa amada;
dói, quando nós estamos longe da pessoa amada.
Dói, também, a fome,
a tua ausência,
a injustiça,
a morte do mocinho na novela.
a tua ausência,
a injustiça,
a morte do mocinho na novela.
Mas se há tanta dor no ato de viver,
porque nós nos agarramos à vida, com tanto desespero?
Talvez, porque a vida seja essa pergunta sem resposta,
porque a vida seja esta delirante mistura de dor e de prazer.
Talvez seja, porque a vida se nutre de esperanças;
talvez seja porque a vida germina e floresce, mesmo das coisas mortas;
talvez seja, porque a vida tenha tantos sabores e perfumes,
talvez seja, porque a vida explode em tantas e maravilhosas sensações;
talvez seja porque um sorriso seja capaz de usurpar a luz do sol,
e iluminar e ganhar tanto valor e significado;
e iluminar e ganhar tanto valor e significado;
talvez seja porque nós renascemos, todos os dias, a cada manhã.
Talvez seja porque a vida inunda e ela transborda, quando nós amamos;
talvez seja porque você existe, e porque você me faz sentir,
esta fantástica e inexplicável sensação de felicidade.
Talvez a minha vida tenha tanto valor,
porque eu compartilho, com você, a minha vida.

Nenhum comentário:
Postar um comentário